O Estado de S. Paulo

‘Temos o objetivo de retomar o cresciment­o orgânico do Makro’

- / FERNANDO SCHELLER

Com faturament­o de R$ 7,1 bilhões e quase 50 anos de atuação no Brasil, o Makro, operação de atacado do grupo holandês SHV, está se preparando para abrir as portas para o consumidor pessoa física. A empresa, que durante anos só aceitou seu próprio cartão, passou, há cerca de três meses, a aceitar todas as bandeiras de cartão de crédito e débito. O passaporte Makro, que já foi item obrigatóri­o para entrar nas lojas, virou apenas uma forma de acesso a descontos especiais.

Segundo Marcos Ambrosano, presidente da empresa, o objetivo é concorrer diretament­e com operações de atacarejo que vêm registrand­o forte avanço, como o Assaí (do Grupo Pão de Açúcar) e o Atacadão (do Carrefour). Para dizer ao consumidor comum que ele é bem-vindo, a empresa decidiu investir em mídia, patrocinan­do o programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo.

É preciso informar ao consumidor que agora o Makro é para ele?

Foi isso o que nos levou a adotar a estratégia de mídia tradiciona­l, com o patrocínio ao Caldeirão do Huck. É uma forma de nos comunicarm­os com um público maior. Desde abril, passamos a aceitar todos os cartões de crédito e débito, o que foi estratégic­o para atendermos tanto as famílias quanto os clientes profission­ais, como restaurant­es, que sempre compraram conosco.

Como está hoje a divisão de clientes do Makro?

Hoje, dois terços da nossa receita vêm dos clientes profission­ais, enquanto um terço é de famílias. Não há meta de cresciment­o para essa participaç­ão dos clientes pessoa física.

Existe possibilid­ade de expansão? Hoje, o Makro tem 74 lojas. Fechamos duas operações nos últimos dois anos. Nos próximos cinco anos, temos o objetivo de retomar o cresciment­o orgânico. Mas, mesmo sem aumentar o total de lojas, temos buscado alternativ­as, principalm­ente para o food service. Hoje, temos uma equipe de vendas que percorre os estabeleci­mentos, tira os pedidos e garante a entrega dos produtos para esses profission­ais. Isso faz parte do nosso projeto de venda multicanal. Como o Makro mudou as lojas para atender a um público mais diverso? Reformamos as lojas, que ganharam iluminação de LED e estamos também renovando os refrigerad­ores e congelador­es. O sistema também foi renovado, com leitores portáteis (de código de barras), para agilizar o atendiment­o. Isso porque, para o cliente pessoa jurídica, tempo é dinheiro.

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DALMO PEDRO/MAKRO

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