O Estado de S. Paulo

Bebê que nasceu após acidente na Régis é levada à casa dos avós

Mãe da criança morreu por causa da colisão; recém-nascida Jenifer Eduarda se recuperou dos arranhões sofridos

- José Maria Tomazela SOROCABA

A bebê Jenifer Eduarda, que nasceu durante acidente que matou a mãe na quinta-feira, na Rodovia Régis Bittencour­t (BR116), foi levada para a casa dos avós, em São José dos Pinhais, região metropolit­ana de Curitiba, na tarde de ontem. A criança foi entregue a parentes após receber alta no Hospital Regional de Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira (SP), onde estava internada desde o nascimento. Conforme a equipe médica, ela está saudável e recuperada dos pequenos arranhões que sofreu.

A família foi ao hospital horas depois de sepultar a mãe da criança, Ingrid Irene Ribeiro, que completari­a 21 anos ontem. O corpo da mulher foi velado e enterrado em São José dos Pinhais. Ingrid deixou outras duas filhas, uma menina de 2 anos, que mora com a família do pai, e outra de 3, que vive com os avós maternos.

“Aqui está ela, o milagre da vida”, escreveu ontem à tarde nas redes sociais Adriele Ribeiro, tia de Jenifer, com uma foto da menina em casa. O hospital informou que foi preciso seguir o procedimen­to legal para entregar a criança à avó materna. Havia necessidad­e de um documento de guarda, já que a mãe morreu e não havia informaçõe­s sobre o pai.

O documento foi providenci­ado pelo Conselho Tutelar de Pariquera-Açu. Houve ainda uma despedida dos funcionári­os, antes de o bebê deixar o hospital. Nos quatro dias de internação, a pequena Jenifer cativou a todos e se tornou o xodó da equipe médica e dos funcionári­os da unidade pediátrica.

O acidente. Ingrid viajava de carona em um caminhão, quando o veículo capotou no km 527 da Régis, na altura de Cajati. O motorista Jhonatas Ferreira, de 30 anos, sofreu ferimentos leves, mas a mulher, em fase final de gestação, foi lançada para fora da cabine e teve o corpo esmagado pela carga de madeira. A barriga e o útero se romperam, mas o bebê permaneceu vivo entre as vísceras da mãe, ligada a ela pelo cordão umbilical.

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ARTERIS-27/7/2018 Pronto auxílio. A menina se tornou xodó da equipe médica

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