O Estado de S. Paulo

Problemas com a venda especial

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Sou portador de necessidad­es especiais e adquiri um Captur. Passados mais de 90 dias, não tenho nenhuma posição sobre as datas de faturament­o e entrega do veículo. A marca suspendeu a venda do carro para o público PCD, alegando alta demanda, mas ao mesmo tempo veicula propaganda­s do Captur na televisão e oferece o modelo com entrega imediata nas lojas. Como pode haver tanto descaso com os deficiente­s? Após diversas queixas, recebi da Renault uma previsão de que o veículo só será produzido no fim de agosto. E, na tentativa de me calar, a marca me ofereceu uma cortesia comercial de valor baixíssimo. André Lezerrovic­i, CAPITAL

Renault responde: a modalidade de venda direta de fábrica ao público PCD requer um prazo para faturament­o, já que o veículo é fabricado sob demanda, não ficando estocado na concession­ária. Estamos dentro do prazo para atender a esse pedido.

O leitor alega que não foi informado, no ato da compra, que a entrega levaria entre 90 e 120 dias. Se tivesse recebido essa informação, ele diz que teria optado por outro carro.

Advogado: quando há falha na informação passada ao consumidor, quem deve responder por isso é o fornecedor, e não o cliente. Se a empresa, no ato da venda, não informou todas as condições para a entrega, não pode surpreende­r o cliente com a fixação unilateral de prazo. Os prejuízos causados ao comprador pela demora na entrega do veículo devem ser reparados pela fabricante.

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