Ka se destaca pelo conjunto mais prazeroso
Quando o assunto é prazer ao dirigir, a vantagem do Ka é ampla. O novo motor Dragon de três cilindros e 1,5 litro entrega 136 cv com etanol e um desempenho bem superior ao dos dois concorrentes.
Com 85% do torque já disponível a 1.500 rpm, o Ford arranca com vontade e desperta de imediato quando provocado –
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em ciclo urbano, o propulsor até sobra. Direção direta e suspensão firme na medida certa fazem do Ka um carro sempre à mão. Em retomadas, ele é mais ruidoso que os rivais, mas isso não chega a incomodar.
O propulsor 1.6 de 120 cv do Gol dá conta do recado e agrada pela suavidade. Mas suas respostas acabam sendo limitadas pelo novo câmbio. Em algumas ocasiões, ele passa as duas primeiras marchas rápido demais, para economizar combustível, e acaba usando a terceira para ganhar velocidade. O resultado são acelerações anestesiadas, que lembram as de modelos com caixas CVT.
Além disso, em aclives a transmissão titubeia: é rápida na redução, mas depois “esquece” de trocar a marcha quando não é mais necessário extrair força do motor.
O Onix fica na lanterninha em desempenho. Seu veterano 1.4 de 106 cv, herança do antigo Corsa, tem respostas pouco empolgantes. Na cidade, ele até vai bem. Porém, em ultrapassagens, a transmissão tem de reduzir várias marchas, a rotação extrapola as 4.000 rpm e o motor é um pouco lento para ganhar velocidade.
Por outro lado, o retrabalho feito em 2016 privilegiou a economia de combustível, com ganho de até 18%, segundo a Chevrolet. Com isso, o Onix ficou mais silencioso (a 120 km/h, o motor gira a 2.800 rpm, sem ruído na cabine) e obteve as melhores marcas de consumo em quase todas as situações.