Na volta, Congresso vai evitar temas polêmicos
Para evitar qualquer prejuízo às suas campanhas eleitorais, o Congresso Nacional não vai votar temas polêmicos na volta do recesso. Oficialmente, as férias dos deputados e senadores se encerraram na quartafeira, 1.º, mas até o fim das eleições o ritmo será quase o mesmo que o do recesso. Os comandos das duas Casas Legislativas vão colocar na pauta apenas temas de consenso, que não exigem quórum qualificado em Brasília. A estratégia evita que os parlamentares se exponham nesse período, colocando em risco a chance de se reelegerem.
» Quase parando. Na Câmara, a previsão é concluir a análise do Cadastro Positivo e apreciar 17 MPs. No Senado, a pauta deve se resumir à indicação de autoridades. As votações vão ocorrer em dois dias da semana.
» Por favor... O PROS tentou ficar com a vaga de vice do presidenciável Alvaro Dias (Podemos). Poucos minutos antes de o candidato fechar com o PSC, a sigla pediu que aguardassem.
» Pare agora! Dirigentes do PSC assistiram à cena atônitos e exigiram uma decisão imediata do Podemos. Eles já tinham pronto o documento em que Paulo Rabello de Casto mudava de presidenciável para vice.
» Há vagas. A opção do Podemos pelo PSC pode jogar o PROS nos braços do PT. Um petista resume: “O PT quer do PSB a neutralidade, do PCdoB, a vice, e do PROS a parceria de vida. Até agora o partido só levou a neutralidade”.
» Tudo definido. A cédula de votação da convenção nacional do MDB hoje terá duas opções: uma com o nome do pré-candidato Henrique Meirelles e a outra “sem candidato”.
» Tiro, porrada e… A alta cúpula do MDB passou o dia ontem tentando demover o senador Renan Calheiros (AL) de discursar contra a candidatura própria. Não obteve sucesso.
» Vai esquentar. Renan avisa que o discurso está pronto: “O MDB precisa escolher entre ter um candidato com ridículo 0,5% de votos ou continuar a ser um partido com muitos governadores, senadores e deputados federais eleitos”. Meirelles diz que não vai rebater.
» Conta e risco. A AGU já avisou ao TCU que não aguardará autorização prévia do tribunal para selar a leniência da Andrade Gutierrez. A da SBM Offshore, que esperou a chancela do órgão, levou mais de três anos para ser concluída.
» Reforço. O Instituto Anjos da Liberdade, que defende presos como Fernandinho Beira-Mar, pediu ao Supremo que delações só sejam validadas se o colaborador tiver passado no máximo 15 dias preso. Mais do que isso, dizem, a prisão é usada como tortura para estimular o acordo.
» Consolação. Gleisi Hoffmann ofereceu a Marília Arraes (PE) papel de destaque na coordenação da campanha de Lula ao Planalto, vaga na disputa para deputado federal por Pernambuco e sinalizou com a chance de concorrer à prefeitura em 2020. Não agradou.
» Porta giratória. O PT deflagrou um movimento para trocar Eugênio Aragão da defesa de Lula no TSE. O advogado Fernando Neisser deve entrar na causa ao lado de Luiz Fernando Pereira. Aragão nega a troca.