TRADIÇÃO DE SOCOS E XINGAMENTOS
Odesconforto provocado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) ao chamar a candidatura de Henrique Meirelles nas eleições 2018 de “mico” e afirmar que ela irá atrair a “toda a rejeição” do governo Temer, ontem, durante a convenção do partido ainda não chega perto do histórico de confusões e provocações que os eventos da sigla costumam produzir.
Na convenção de 1998, o partido estava dividido entre os que defendiam a candidatura própria ou apoiar um segundo mandato para o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na ocasião, os governistas eram chamados de “pilantras” por defenderem a reeleição de FHC e, segundo seus detratores, pagarem uma claque para agitar a convenção.
O episódio mais grave da convenção de 98 aconteceu quando 250 partidários da reeleição de FHC, uniformizados com camisetas amarelas, alguns deles portando correntes e soco-inglês, invadiram o plenário da Câmara dos Deputados (palco do evento) e partiram para cima dos integrantes do MR-8, contrários à reeleição – portas de vidro foram quebradas. Um militante não identificado do MR-8 aparecia ferido no meio da confusão, com o rosto sangrando. No fim, venceram os que apoiavam FHC.
Mais para trás, em 1987, o Estado estampou o seguinte título: “Convenção vira circo”. O tal circo foi a briga de claques e militantes na convenção do PMDB – que na ocasião discutia 5 anos de mandato para o então presidente José Sarney.