Chedid indica acordo e fica fora de pleito
“O futebol do interior de São Paulo está acabando.” Esta frase foi dita em sentido figurado na última quarta-feira ao Estado pelo presidente do Bragantino, Marquinho Chedid, mas serve para sintetizar a situação difícil de parte dos times paulistas pequenos ou de médio porte. O quadro de decadência é apontado pelo dirigente desde 17 de julho, quando lançou movimento com a justificativa de “resgatar a hegemonia do futebol de São Paulo no cenário nacional e criar alternativas econômicas e técnicas para sobrevivência e crescimento dos times”. Sua intenção era concorrer às eleições na FPF, apadrinhado por Marco Polo del Nero, dirigente banido do futebol.
Ontem Chedid anunciou, em outro manifesto, que não concorreria ao pleito contra Reinaldo Carneiro Bastos. Ele disse ao Estado que obteve sucesso nos esforços que fez após rodar pelo interior e capital para buscar apoio de dirigentes. Garantiu ter conseguido respaldo de representantes de 28 times, entre eles Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos, e uniu forças para reivindicar à FPF uma série de mudanças e fazer sugestões para ajudar os clubes.
O filho de Nabi Abi Chedid, ex-vice da CBF que morreu em 2006, era tido como candidato ou líder de uma chapa de oposição na eleição desde mês na Federação paulista. O presidente do Bragantino informou que o movimento liderado por ele “alcançou objetivos relevantes” e que “houve muita sensibilidade por parte dos dirigentes, mostrando que o melhor caminho, neste momento de dificuldades econômicas do País, é de fortalecimento através da união do futebol paulista”, destacou.
Questionado pelo Estado se teria iniciado o movimento sob influência ou interesse de Del Nero, Chedid desconversou. “A nossa posição é de melhorar as condições do futebol do interior de São Paulo, buscando sempre diálogo com os clubes. E isto foi aberto. O objetivo foi alcançado. Tenho contato com todos os dirigentes.”