Corintianos condenados por morte de palmeirense
Anderson Andrade e seu primo Nerivaldo foram sentenciados a 5 anos por homicídio ocorrido em julho do ano passado
O torcedor Anderson da Cruz Andrade e seu primo Nerivaldo de Moura Andrade, ambos corintianos, foram condenados ontem pelo assassinato de Leandro de Paula, em julho do ano passado. O palmeirense foi esfaqueado após uma briga depois de um clássico entre os dois times. O 5.º Tribunal do Júri do Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo sentenciou Anderson a cinco anos e seis meses e Nerivaldo a cinco anos, ambos em regime semiaberto. Eles podem recorrer.
No caso de Anderson Andrade, os jurados inicialmente elevaram a pena para sete anos de detenção em função da reincidência do acusado, mas reduziram para cinco anos e seis meses após julgarem o caso como homicídio privilegiado, ou seja, praticado sob emoção violenta e/ou por provocação da vítima. O mesmo foi decidido para Nerivaldo Andrade, cuja sentença inicial de seis anos foi reduzida a cinco.
Na decisão, o juiz Paulo de Abreu Lorenzino também mandou soltar Anderson, que estava preso preventivamente, e concedeu à dupla o direito de recorrer em liberdade.
No mês passado, em entrevista ao Estado, o advogado Marcello Muccio, que defende Nerivaldo Andrade, afirmou que a ação se tratou de legítima defesa. “O Nerivaldo estava com um grupo de corintianos em uma borracharia e aí os palmeirenses resolveram provocar e partir para cima’’, disse.
Leandro de Paula foi esfaqueado a cerca de 2 km do Allianz Parque, logo após a derrota do Palmeiras para o Corinthians. Segundo a Polícia Militar, o palmeirense foi atingido por dois golpes de facão na região do abdômen.
Ele foi encaminhado em estado grave para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu e morreu na manhã seguinte. O palmeirense morava no ABC, era casado e tinha três filhos.