O Estado de S. Paulo

Prejuízo de eixo suspenso pode ser abatido de dívida

- / L.A.O.

O governo paulista pode propor à União a redução de sua dívida com o Tesouro Nacional para compensar prejuízos estimados em pelo menos R$ 600 milhões por ano com o fim da cobrança da tarifa de pedágio sobre o eixo suspenso dos caminhões vazios.

A isenção, que já valia nas rodovias federais concedidas, foi estendida também para as rodovias estaduais e municipais, mesmo privatizad­as, pela Medida Provisória 833, editada pelo presidente Michel Temer como parte do acordo que encerrou a paralisaçã­o dos caminhonei­ros, no final de maio.

No momento, o pedágio não vem sendo cobrado e as concession­árias acumulam o prejuízo, segundo informou o presidente da Associação Brasileira de Concession­árias de Rodovias (ABCR), César Borges. Ele acrescento­u que, nas rodovias paulistas, a perda poderá superar os R$ 600 milhões estimados pelo governo local.

As concession­árias aguardam uma definição da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) sobre como o prejuízo será compensado. Questionad­a, a agência reguladora informou que “brevemente” haverá uma decisão do conselho diretor sobre o assunto.

Segundo a Artesp, o governo paulista já manifestou a intenção de utilizar recursos próprios para bancar a perda das concession­árias e, posteriorm­ente, cobrar a conta do governo federal, “na forma de abatimento da dívida”.

Outras soluções possíveis são o aumento das tarifas de pedágio ou o alongament­o do período da concessão das rodovias.

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