Reta final
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta semana recurso interposto pelos defensores do ex-presidente hóspede da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para que seja libertado e autorizado a disputar as eleições de outubro. O ministro relator do caso, Edson Fachin, ainda pediu celeridade na solução do assunto, liberando a pauta para esta semana e, na sequência, o agendamento do dia para o julgamento em plenário. A intenção é de que o STF defina o imbróglio antes que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analise os pedidos de candidatura, apresentados até 15 de agosto. No entanto, a esperança dos seguidores da seita lulopetista pode se transformar em pesadelo, uma vez que Fachin deu um prazo de cinco dias para que a defesa diga se o habeas corpus inclui também a questão da inelegibilidade. Se a defesa responder que sim, não vai se dar bem. E, se disser que não, também não. Na primeira hipótese, abrese a possibilidade de Fachin decidir se Lula pode disputar a eleição – e sabe-se que o plenário dirá não. Na segunda, prejudica-se
o argumento de que Lula tem de sair da prisão para participar da campanha. Resumindo: Lula oficialmente fora das eleições o mais breve possível é melhor para o processo eleitoral e para a pacificação geral.
PAULO R. KHERLAKIAN
paulokherlakian@uol.com.br São Paulo