Uso de drone foi tentativa de massacre, diz Caracas
O procurador-geral da Venezuela, Tareq William Saab, anunciou ontem que foram identificados todos os autores materiais do atentado que o presidente Nicolás Maduro garante ter sofrido no sábado.
Maduro interrompeu um ato com militares no centro de Caracas depois que drones explodiram perto do local onde ele estava. Segundo o governo, sete pessoas ficaram feridas. O líder atribuiu o fato à “extrema direita venezuelana em aliança com a extrema direita colombiana” e afirmou não ter dúvidas de que “o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado”.
O presidente da Colômbia rejeitou qualquer participação e disse que tem coisas mais importantes a fazer. “Por Deus! Sábado estava em uma coisa muito mais importante, estava batizando minha neta”, disse Santos, que deixará a presidência hoje, quando assume seu sucessor, Iván Duque.
“Foi uma tentativa não somente de magnicídio, pois o principal alvo era o presidente, mas eu poderia qualificá-lo como uma tentativa de massacre, pois estávamos lá chefes de poderes públicos e o alto comando militar”, disse Tareq.
Segundo o governo, os seis detidos serão acusados pelos crimes de traição à pátria, tentativa de homicídio intencional qualificado, tentativa de homicídio e lesões graves, lançamento de bomba em reuniões públicas, terrorismo, formação de quadrilha e financiamento do terrorismo.
Centenas de apoiadores se reuniram ontem no centro de Caracas para defender Maduro, que tem cerca de 25% de aprovação.