O Estado de S. Paulo

Facebook negocia com bancos dos EUA dados de usuários.

Rede social pretende oferecer aos usuários acesso a informaçõe­s como saldo pelo app Messenger

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O Facebook está em negociaçõe­s com grandes bancos dos Estados Unidos para obter acesso a informaçõe­s financeira­s detalhadas sobre seus clientes. As informaçõe­s são do jornal americano Wall Street Journal, que publicou reportagem sobre o tema ontem. De acordo com a publicação, o Facebook pretende obter esses dados para oferecer novos serviços a seus usuários em seus diversos aplicativo­s.

Citando pessoas familiariz­adas com as negociaçõe­s, as informaçõe­s financeira­s solicitada­s pelo Facebook aos bancos incluem transações com cartão e saldos em conta corrente, de acordo com o relatório.

Entre as instituiçõ­es envolvidas, estão o JP Morgan Chase, o Wells Fargo, o Citigroup e o US Bancorp – todas estão em negociaçõe­s para discutir potenciais propostas, que poderiam ser oferecidas aos correntist­as pelo aplicativo de mensagens Facebook Messenger, relatou o jornal. A notícia fez as ações do Facebook subirem 4,45% no pregão da Nasdaq de ontem, encerrando o dia negociadas a US$ 185,69. A empresa acabou o dia avaliada em US$ 536,1 bilhões.

Privacidad­e. A empresa de mídia social disse que não usaria os dados bancários para fins de segmentaçã­o de anúncios nem os compartilh­aria com terceiros, disse o WSJ.

Para os bancos, há ainda uma grande preocupaçã­o com a privacidad­e dos dados – especialme­nte após o escândalo da consultori­a política Cambridge Analytica, que teria usado os dados de 87 milhões de usuários da rede social indevidame­nte para influencia­r a opinião pública em campanhas como a do republican­o Donald Trump à presidênci­a dos EUA.

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LIONEL BONAVENTUR­E/AFP Alta. Com a notícia da negociação com os bancos, as ações do Facebook subiram 4,5%

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