Croissant campeão
A disputa foi apertada, prova de que a cidade já tem folhados de qualidade feitos com manteiga (não margarina) e bem moldados. Provamos e comparamos 15 deles
Entre 15 folhados paulistanos, veja qual é o melhor.
Ainda não dá para se sentir em Paris, mas São Paulo já tem ótimos croissants. A mudança de cenário é recente e se deve a uma nova leva de padarias comandadas por padeiros estudiosos (alguns formados na tradição francesa), que usam produtos de qualidade. Bem, na verdade, a história dos melhores croissants de São Paulo, que você vai conferir nesta página, em alguns casos envolve o uso de farinha e manteiga importadas da França, onde ambos são feitos de maneira especial para serem usados na viennoiserie, a arte de fazer folhados e semifolhados.
O croissant perfeito é dourado (quase escuro), alto (com cume no meio), tem sabor amanteigado (de manteiga mesmo, não margarina ou gordura) e tem duas outras características essenciais: é crocante e leve.
O croissant da foto ao lado, da Marie Marie Bakery, no Tatuapé, tem todas essas qualidades e foi o vencedor de uma prova que comparou croissants de 15 padarias paulistanas. Todos foram comprados no mesmo dia (quatro unidades em cada endereço), a sexta-feira da semana passada, com intervalo de até 3 horas desde que saíram do forno. A prova, feita às cegas na cozinha do Paladar, teve a participação das repórteres Renata Mesquita, Carla Peralva, da editora Patrícia Ferraz e três convidados, a jornalista Lucinéia Nunes, do Divirta-se ,opadeiro e professor Pedro Calvo (que não produz croissants comercialmente) e o chef Renato Carioni, que estudou na escola de confeitaria Lenôtre, em Paris, e quase abriu uma boulangerie, em vez do restaurante Così. O resultado da degustação do
Paladar comprova que o nível dos folhados está cada vez melhor (apesar de falhas graves notadas nos últimos colocados do ranking). A outra boa notícia é que o campeão está fora do eixo gastronômico tradicional, prova de que a boa cozinha está espalhada pela metrópole.