Samarco estrutura recuperação judicial
ASamarco, mineradora da Vale e da australiana BHP Billinton, estrutura um pedido de recuperação extrajudicial, contando com o apoio de alguns detentores de bônus da companhia e bancos estrangeiros, que carregam a maior parte de suas dívidas financeiras. Esse passivo soma cerca de US$ 3,8 bilhões e as conversas para reunir os detentores de 60% dessa dívida, conforme o exigido pela lei de recuperação judicial e falências brasileira, acontecem com credores donos de US$ 1,2 bilhão em bônus e bancos estrangeiros com US$ 1,6 bilhão. Os bônus estão com compromissos vencidos há pelo menos dois anos. » Arrumando a casa. Nesta terçafeira, dia 08, a Justiça de Minas Gerais homologou o Termo de Ajustamento de Conduta Governança (TAC GOV) firmado entre a mineradora e autoridades, que amplia a participação dos atingidos em 2015 pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, nas decisões de reparação e extingue uma ação civil pública de R$ 20 bilhões. Circulam informações de que, com a homologação desse acordo, haveria negociação para aquisição dos 50% da BHP na Samarco pela Vale, o que a empresa brasileira nega. Procuradas, a Samarco e a Vale não comentaram. » Disputados. A GetNet, adquirente do Santander, nomeou um executivo para focar especificamente na venda de máquinas para pequenos empreendedores, por meio da SuperGet. Na empresa há três meses, Ronaldo Rondinelli será responsável por deslanchar a operação, com o conceito de que ele será “CEO do produto”. Com mais de 20 anos de Santander, o executivo respondia anteriormente pela diretoria de universidades do banco.
» Repaginada. A SuperGet é a aposta do Santander, por meio da GetNet, para vender máquinas que capturam transações com cartões (POS, na sigla em inglês) para pessoas físicas e pequenos empreendedores, os MEIs, mesmo alvo da concorrente PagSeguro. A maquininha acaba de ser rebatizada e teve seu modelo revisto. Antes, era chamada de Vermelhinha. Agora, além do novo nome, ainda efetua o pagamento ao lojista em até dois dias.
» Mais uma. O Descomplica, instituição de ensino online, acaba de adquirir a PaperX, startup de tecnologia focada no desenvolvimento de exercícios e avaliações online, como testes e simulados. O valor do negócio não foi revelado. Mas a meta do Descomplica é, por meio de uma estratégia de aquisições nas áreas de tecnologia da informação (TI) e conteúdo, dobrar de tamanho a cada ano. Em 2018, outras três aquisições estão previstas. Criada em 2012, a instituição online registra mais 5 milhões de acessos no site todo mês e carrega cerca de 250 mil alunos assinantes da plataforma.
» Antenados? Pesquisa feita pela Cognizant, empresa global de tecnologia e negócios, mostrou que, apesar da grande maioria das companhias de manufatura mundiais (87%) considerar o blockchain crítico ou importante para o futuro de sua jornada de transformação, apenas 16% revelam ter conhecimento do tema. Blockchain é uma tecnologia de estrutura de banco de dados, que tem sido usada para maximizar operações em vários segmentos da indústria de manufatura e de serviços.
» Benefícios. O estudo mostrou ainda que as companhias têm expectativa de que o blockchain traga redução superior a 2,5% anuais em seus custos, por meio do aumento da eficiência operacional em consequência da automação de atividades manuais.
» Home equity. A Bcredi, fintech criada em 2017 e que oferece crédito com garantia de imóvel (home equity) 100% online, bateu os R$ 15,3 milhões de contratos originados nos primeiros seis meses do ano, o maior volume desde a criação da plataforma, em 2017. O montante é 262% superior aos primeiros seis meses de sua atuação no ano passado. A expectativa da Bcredi é de que até o final de 2019 esteja gerando R$ 16 milhões de contratos ao mês.
» Descolou. A Bcredi foi desenvolvida na Barigui Companhia Hipotecária, mas em maio se descolou da empresa para diversificar funding. Entretanto, a Barigui segue sócia da plataforma. A Barigui continua atuando no segmento de crédito imobiliário, tendo originado, desde 2010, mais de R$ 600 milhões em contratos. » Saúde no pré-pago. O aumento do custo dos planos de saúde para as empresas virou argumento para o surgimento de um novo mercado. No ano em que se espera um reajuste de 19% em média nos planos empresariais, está sendo lançado uma espécie de “vale saúde”. A Ticket, conhecida pelos cartões de alimentação e refeição, lança o benefício saúde nesta quinta-feira. Um cartão digital pré-pago pela empresa pode ser usado por funcionários em consultórios médicos, clínicas, laboratórios ou farmácias. A ideia é que o cartão substitua os planos de saúde mais completos e, assim, as empresas possam reduzir custos ao oferecer apenas um plano de saúde hospitalar.