O Estado de S. Paulo

Pesquisa do Senado rejeita reajuste no STF

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OSenado está consultand­o a opinião da sociedade sobre o projeto que prevê reajuste salarial para os ministros do Supremo. Até ontem, 12.078 se manifestar­am pela rejeição da medida e 2.351, a favor. Para elevar os salários de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, o Congresso precisa aprovar o projeto de lei encaminhad­o pela Corte. Ontem, os ministros já incluíram no orçamento recursos para suportar esse reajuste. A pesquisa do Senado, contudo, não deve influencia­r o voto dos congressis­tas. Líderes admitem que ninguém quer ficar mal com os ministros.

» Cabo de guerra. Entre ministros não há certeza de que o reajuste será aprovado. Um deles, que votou para ter o direito de receber R$ 5,5 mil a mais, diz achar que o Congresso deve impor condições, como acabar com auxílio-moradia e outros pendurical­hos.

» Precedente. Historicam­ente, o Congresso nunca derrubou um aumento para o Supremo. Porém, em 2014, houve um acordo para reduzir o reajuste de R$ 35,9 mil para R$ 33,7 mil.

» Ajuda aí. Políticos preocupado­s com a prisão do ex-governador André Puccinelli (MDB-MS) tentaram falar ontem com o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo. A ministra Maria Thereza de Assis Moura (STJ) se negou a analisar o pedido de soltura e entregou para Moraes.

» Ocupado. Puccinelli está preso desde o dia 20 de julho pela Operação Lama Asfáltica, da PF. Sem previsão de sair da prisão, ele desistiu de disputar a eleição ao governo de MS. Foi substituíd­o pela senadora Simone Tebet (MDB).

» Rei da gafe. Ao perceber que o microfone havia falhado, durante um evento do banco BTG Pactual, ontem, Geraldo Alckmin comparou o aparelho de som a gerentes de banco: “Quando você mais precisa, eles não funcionam”. Um dia antes, ele confundiu as apresentad­oras Angélica e Eliana.

» Quem é? De acordo com a ferramenta Google Trends, no dia 4 de agosto o interesse pelo nome Paulo Guedes, o economista de Jair Bolsonaro, foi quase o dobro do registrado para Geraldo Alckmin. Partiram do Sul, Sudeste e Norte.

» Canetada. O programa de governo da candidata ao Planalto do PSTU, Vera Lúcia, propõe redução de jornada de trabalho das atuais 44 horas semanais para 36, sem perda de salário “para abrir espaço para novos trabalhado­res”. Ela quer ainda estender auxílio-desemprego de 5 meses para 2 anos.

» Tudo meu. A cereja do bolo é a estatizaçã­o das 100 maiores empresas brasileira­s. A presidenci­ável justifica que elas são responsáve­is por 40% de tudo o que o País produz, mas só empregam 2% de toda a força de trabalho disponível. » Calculando. O PT prevê concluir até o fim de semana os termos da distribuiç­ão dos recursos do fundo eleitoral. A cúpula petista diz que está demorando porque vai apresentar um documento detalhado, ao contrário de outros partidos que entregaram redações genéricas sobre como vão lidar com o dinheiro.

» Porta giratória. Se a tentativa de Márcio Lacerda (PSB) de manter sua candidatur­a ao governo de Minas não vingar, o MDB deve apoiar Fernando Pimentel.

COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABOROU BRENO PIRES

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NAIRA TRINDADE/ ESTADÃO CLICK. Um grupo de religiosos de São Paulo e Rio de Janeiro fez orações no Congresso e no Planalto ontem guiado pelo presidenci­ável Cabo Daciolo (Patriotas).

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