Em evento, Ciro e Meirelles criticam ‘chapa triplex’ petista
Durante sabatina, pedetista diz que ‘o povo está sendo enganado’ e emedebista considera a estratégia ‘complicada’
Os candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB) criticaram ontem a chapa presidencial formada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito Fernando Haddad como vice e a deputada Manuela d’Ávila (PCdoB) como “vice do vice”. A chapa foi apelidada de ‘triplex’ em alusão ao processo pelo qual Lula foi condenado em segunda instância, e o que motivou sua prisão.
Durante a sabatina promovida pelo banco de investimento BTG Pactual, Ciro ressaltou que Haddad e Manuela são seus amigos, mas disse achar que a estratégia “é um convite para dançar à beira do abismo”. “Haddad e Manuela são queridos amigos, mas eu estou preocupado. Isso é um convite à nação para dançar na beira do abismo.” Segundo ele, a “imensa gratidão” do povo brasileiro a Lula não é o suficiente para deixar todas as regras de lado. “Isso gera confusão. O povo está sendo enganado”, afirmou o pedetista aos jornalistas após sua participação na sabatina.
Já Meirelles disse achar que a estratégia petista de insistir na candidatura de Lula é “complicada”. “Prefiro políticas claras, diretas e objetivas”, disse.
Além de Ciro e Meirelles, participaram da sabatina os presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos). Em sua fala, o tucano fez um trocadilho com o número do PT e criticou indiretamente Jair Bolsonaro (PSJ). “São 13 milhões de desempregados. É a tragédia do PT”, disse. Sobre Bolsonaro, afirmou que “o extremismo é o descaminho”.
Já Dias voltou a dizer que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, mas afirmou que não fez o convite para não “constrangê-lo”. O candidato propôs ainda mudar o formato de escolha de ministros do Supremo Tribunal Federal, que, segundo ele, deveria ser por meio de uma lista sêxtupla, indicada por magistrados.
“Haddad e Manuela são queridos amigos, mas estou preocupado. Isso é um convite à nação para dançar na beira do abismo.” Ciro Gomes CANDIDATO DO PDT À PRESIDÊNCIA