Candidato do PSL diz que assessora citada em debate se demitiu
O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que sua assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição pediu demissão ontem pela manhã.
Segundo Bolsonaro, Walderice solicitou o desligamento por causa da exposição envolvendo seu nome. Ela foi apontada em reportagens do jornal Folha de S. Paulo como sendo uma assessora fantasma do deputado que trabalhava em sua casa em Angra dos Reis (RJ) e vendia açaí na cidade, no estabelecimento chamado Açaí da Wal. Pelo site da Câmara dos Deputados, Walderice recebe atualmente salário bruto de R$ 1.351,46.
O caso foi lembrado pelo candidato do PSOL ao Planalto, Guilherme Boulos, no debate entre os presidenciáveis realizado na quinta-feira, na TV Bandeirantes. “O crime dela foi dar água para os cachorros”, disse Bolsonaro a jornalistas, sobre os serviços prestados pela funcionária em seu imóvel no litoral do Rio. “Tenho aquela casa há 25 anos e contratei ela há uns 12 anos. Como de vez em quando estou lá, muita gente me procura e ela é encarregada de filtrar e passar pra mim, só isso”, afirmou o deputado.
MST. Bolsonaro disse ainda que pode ser um dos alvos dos protestos do Movimento dos Sem Terra (MST). O movimento iniciou uma marcha à Brasília para dar apoio, amanhã, à inscrição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da chapa que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, como candidato a presidente. “Estou sabendo que MST vai estar aqui. Ações acontecerão em Brasília e, a princípio, eu sou uma pessoa que interessa para eles”, afirmou a jornalistas.