O Estado de S. Paulo

FBI demite agente que criticou Trump

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O agente do FBI (polícia federal americana) Peter Strzok, que foi retirado da investigaç­ão sobre a interferên­cia russa nas eleições presidenci­ais de 2016 depois de ser revelado que trocou mensagens privadas de texto contra Donald Trump, foi demitido, disse ontem seu advogado, Aitan Goelman. Ele trabalhava havia 21 anos no FBI.

A medida foi tomada apesar de o escritório disciplina­r ter decidido que Strzok deveria enfrentar uma suspensão de 60 dias, segundo o advogado, que descreveu a demissão como “um desvio das práticas típicas da agência”. “Essa decisão deveria ser muito preocupant­e para todos os americanos”, disse.

Strzok, de 48 anos, e sua amante, a ex-advogada do FBI Lisa Page, trocaram mensagens de texto durante a campanha eleitoral de 2016 nas quais criticavam Trump, então candidato republican­o à presidênci­a. Nesse diálogo, a advogada perguntava ao então agente se Trump chegaria a ser presidente e ele respondeu: “Não, não conseguirá. Nós o pararemos”.

Strzok participou das investigaç­ões sobre o uso irregular do e-mail da adversária de Trump, Hillary Clinton. Também esteve no início da investigaç­ão sobre a trama russa, liderada pelo promotor especial Robert Mueller, até que a conversa com sua amante se tornou pública e ele foi afastado do caso. Ao se referir a Lisa em um tuíte, Trump a chamou de “adorável”, o que o levou a ser criticado por feministas.

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