O Estado de S. Paulo

Casos caíram no 1º semestre, diz secretaria

- / M.A.C.

A Secretaria da Segurança disse ser “incorreto” fazer estudos analíticos, sem levar em consideraç­ão “todos os aspectos de cada caso que é acompanhan­do, monitorado e investigad­o para constatar se a ação policial foi realmente legítima”. Destacou ainda seguir as regras para apurar esse tipo de caso, como notificar o Ministério Público no momento em que a morte é informada às polícias.

Os procedimen­tos, específico­s para esses tipos de caso, são previstos pela Resolução 40 da secretaria, de 2015. Ocorrência­s de letalidade policial são investigad­as pelo Departamen­to de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A pasta ainda destacou que, no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017, as ocorrência­s envolvendo agentes de folga caíram 33% e com policiais em serviço, 0,62%. Isso resultou em queda total de 9,5%, uma vez que as mortes provocadas por agentes em serviço são em maior número.

“Em 2017, foram presas em flagrante 152.448 pessoas, apreendido­s 25 fuzis e 188 explosivos e apetrechos. No mesmo período, 687 morreram ao confrontar a polícia durante o serviço, ou seja, 0,45% do total de prisões”, informou, em nota.

‘Distorção’. Presidente da Associação de Oficiais da PM-SP, o coronel da reserva Elias Miler da Silva afirmou que o foco do debate está “distorcido”. “O Brasil tem 64 mil homicídios por ano e estamos olhando para os 5 mil das polícias. Os policiais estão ficando acuados e os poucos que se dispõem ao enfrentame­nto estão se retirando e há o risco de a sociedade perder a guerra para o crime.”

Já o major Luiz Fernando Alves, assistente da Secretaria de Segurança na Ouvidoria, disse que a pesquisa é “extremamen­te válida”, que métodos de tiro defensivo devem ser reforçados na formação, mas que às vezes “o policial tem uma fração de segundo para decidir entre a vida e a morte”.

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