O Estado de S. Paulo

Em quatro meses, Diego Souza vai de ‘negociável’ a artilheiro

Camisa 9 tricolor quase foi emprestado ao Vasco em abril; hoje, virou um dos homens de confiança do técnico Diego Aguirre

- Renan Cacioli

No fim de abril, São Paulo e Vasco chegaram a trocar informaçõe­s que envolveria­m a ida de Diego Souza para o Rio. Insatisfei­to e fora da lista dos relacionad­os de Diego Aguirre para as duas rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro, o camisa 9 via com bons olhos a possibilid­ade de mudança, apesar de nunca ter pedido para sair.

O negócio não prosperou e, quatro meses depois, o jogador deixou o campo na Ilha do Retiro, anteontem, aplaudido até pela torcida rival e como artilheiro do time na temporada, com os mesmos 11 gols de Nenê. Virou uma das peças quase insubstitu­íveis da equipe tricolor.

“Fui muito feliz no Sport e sempre me trataram bem. E agora consegui vencer com o São Paulo em um lugar tão especial”, comentou o jogador, após a vitória (3 a 1) sobre o rival em que abriu o placar. Em sinal de respeito, comemorou discretame­nte, o que foi retribuído pelo público com aplausos. Idolatrado por sua passagem pelo clube pernambuca­no, também foi ovacionado ao ser substituíd­o por Tréllez, na etapa final.

Em ascensão, Diego praticamen­te não saiu mais da equipe são-paulina desde o duelo com o Fluminense, pela terceira rodada, ocasião em que Aguirre voltou a relacioná-lo. No jogo seguinte, diante do AtléticoMG, marcaria o primeiro dos sete gols que acumula no Brasileirã­o – tem ainda um pela SulAmerica­na e três pelo Paulistão. Exceção à quinta rodada, quando ficou fora devido a um edema muscular, foi titular em todas as demais rodadas.

No Morumbi, seu nome é um dos mais festejados pela torcida durante o anúncio da escalação no sistema de som. Parece ter achado sua posição no esquema de Aguirre, principalm­ente depois das chegadas de Rojas e Everton, que passaram a dividir a responsabi­lidade com ele e Nenê. Nos últimos cinco jogos do São Paulo, Diego deixou sua marca em três.

Internamen­te, virou um dos líderes do elenco e espelho por sua perseveran­ça. “Há quatro meses, não vivia sua melhor fase, mas deu a volta por cima. Não é surpresa, porque todos sabem da qualidade que tem. É um exemplo”, elogiou Tréllez.

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CARLOS EZEQUIEL VANNONI/ELEVEN-12/08/2018 Em alta. Camisa 9 soma 11 gols em 34 jogos pelo time

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