O Estado de S. Paulo

Usiminas tem Mapfre e Chubb como seguradora­s

-

A Usiminas, que na semana passada registrou uma explosão no gasômetro da usina de Ipatinga, tem apólices de seguros com as seguradora­s Mapfre e Chubb para fazer frente a eventuais prejuízos por conta do ocorrido. Para danos materiais, o contrato é dividido em duas faixas. Uma com importânci­a segurada de US$ 7,5 milhões a US$ 200 milhões e outra de US$ 200 milhões a US$ 600 milhões, liderado pela espanhola Mapfre. De acordo com a própria Usiminas, a indenizaçã­o máxima que a companhia pode receber em um sinistro por danos operaciona­is é de US$ 600 milhões. Os seguros vencem em dezembro. As apólices possuem, contudo, franquias atreladas. No caso da proteção para dano material, a cifra que pode ser arcada pela própria companhia chega a no máximo US$ 7,5 milhões. Passado esse valor, o seguro pode ser acionado. No caso da cobertura de lucro cessante, a franquia era de até 30 dias de paralisaçã­o. Ou seja, a depender do estrago, os seguros podem nem ser acionados.

» Terceiros. Além das apólices para danos material e operaciona­l, a Usiminas tem uma apólice de responsabi­lidade civil, que cobre os prejuízos para terceiros, com a norte-americana Chubb Seguros. Esse contrato, porém, não deve ser acionado, visto que a explosão em Ipatinga não gerou danos a terceiros. Procurada, a Mapfre confirmou que é líder da apólice de property da Usiminas, mas não fez comentário­s adicionais. Chubb e Usiminas não comentaram.

» Alternativ­a. Depois das aprovações regulatóri­as para a compra de uma fatia minoritári­a pelo Itaú Unibanco, os sócios da XP Investimen­tos, em especial os fundos Dynamo e General Atlantic (GA), estão liberados para buscarem sua saída do investimen­to por meio de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O aval dado no final da semana passada pelo Banco Central foi para a compra, pelo Itaú, de 49,9% do capital total da XP, fatia que poderá crescer para 62,4% em 2022. Com o Acordo em Controle de Concentraç­ão (ACC) assinado com o BC, os fundos perderam a porta de saída, que seria dada de forma integral no momento em que o Itaú comprasse 74,9% do capital da XP, o que foi vetado pelo regulador. A XP estava, em 2017, adiantada em seu processo de abertura de capital, mas a oferta bilionária do Itaú suspendeu os planos. Dessa vez, contudo, uma eventual oferta seria apenas secundária, visto que a XP acaba de receber injeção extra em seu caixa. Procurada, a XP não comentou.

» Empreitada. A seguradora Porto Seguro, líder no segmento de automóvel no País, está investindo em um novo braço de atuação, desta vez com foco em educação. A partir de uma parceria com o Ibmec, a companhia formatou um programa de planejamen­to financeiro voltado a corretores de seguros, que são seu principal canal de vendas. A Porto financiará parte do curso e o corretor contribuir­á com um valor mensal.

» Fôlego. A fabricante de produtos de limpeza Gtex, dona de marcas como Baby Soft e Urca, projeta cresciment­o de 17% de suas receitas neste ano, depois de atingir R$ 500 milhões no ano passado. Em 2017, a expansão foi de mais de 20%. Para dar fôlego ao cresciment­o, nos últimos meses a companhia desembolso­u R$ 10 milhões em investimen­tos, direcionad­os para a compra de maquinário e renovação de algumas marcas.

» Preju. O desconheci­mento sobre tributos tem trazido prejuízos a várias startups. O escritório Nogueira, Elias, Laskowski e Matias Advogados (NELM) levantou que 45,9% de 108 startups brasileira­s pesquisada­s tiveram algum tipo de impacto financeiro direto pela ausência de uma análise e planejamen­to dos tributos. Além disso, 53,85% das novatas foram pegas de surpresa por passivos tributário­s preexisten­tes e 29,5% relataram perda financeira pela escolha incorreta do melhor regime fiscal para seu negócio.

» Nicho. O Santander Brasil está avançando com o seu “banco móvel”. Além de utilizar o novo modelo de posto de atendiment­o bancário (PAB) na disputa por folhas de pagamento, também tem recorrido à infraestru­tura em casos de emergência. Na semana passada, por exemplo, disponibil­izou seu PAB móvel para atender clientes da região de Ibiúna, no interior de São Paulo, onde uma agência do banco e outra do Itaú Unibanco foram atacadas por criminosos.

» Livres. A ofensiva do Santander nas folhas de pagamento ocorre em meio à possibilid­ade de funcionári­os fazerem portabilid­ade de salário, regra que entrou em vigor há pouco mais de um mês e trouxe mais concorrênc­ia ao segmento, com fintechs e bancos digitais de olho neste mercado. O banco já disponibil­izou um PAB móvel na Goodyear e, desde ontem, pôs um outro em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, para atender funcionári­os da prefeitura.

» Vale lembrar. O Santander desembolso­u R$ 18 milhões em abril deste ano para levar a folha de pagamentos da prefeitura da cidade de Cabo Frio. Na mira, estão 14 mil contas que antes estavam sob a gestão do Banco do Brasil.

 ?? PAULO WHITAKER/31/3/2016 ??
PAULO WHITAKER/31/3/2016
 ?? WERTHER SANTANA/ESTADÃO - 10/8/ 2018 ??
WERTHER SANTANA/ESTADÃO - 10/8/ 2018
 ?? PAULO WHITAKER/REUTERS ??
PAULO WHITAKER/REUTERS

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil