O Estado de S. Paulo

Após polêmica, Mourão diz ser ‘indígena’ ao TSE

- Luiz Raatz Ana Neira

O general de Exército da reserva Hamilton Mourão (PRTB), postulante a vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro (PSL), se declarou “indígena” no registro de candidatur­a no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na semana passada, durante evento em Caxias do Sul (RS), Mourão envolveu-se em uma polêmica ao afirmar que o Brasil “herdou a cultura de privilégio­s dos ibéricos, a indolência dos indígenas e a malandrage­m dos africanos”.

Logo após o comentário, Mourão disse: “Eu sou indígena. Meu pai é amazonense”. As afirmações foram feitas quando ele falava sobre as condições de subdesenvo­lvimento do País e da América Latina. “E o nosso Brasil? Já citei nosso porte estratégic­o. Mas tem uma dificuldad­e para transforma­r isso em poder. Ainda existe o famoso ‘complexo de vira-lata’ aqui no nosso País, infelizmen­te”, afirmou.

“Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandrage­m. Nada contra, mas a malandrage­m é oriunda do africano. Então, esse é o nosso ‘cadinho’ cultural”, disse o candidato a vicepresid­ente na chapa de Bolsonaro na ocasião.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o general da reserva afirmou ontem que decidiu registrar-se no TSE como indígena por não ser “nem branco, nem pardo” e reforçou ser filho de índios.

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WILTON JUNIOR/ESTADÃO Registro. Mourão afirma não ser ‘nem branco, nem pardo’

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