O Estado de S. Paulo

Alckmin depõe e nega caixa 2 em campanhas

- Fabio Leite

O candidato do PSDB à Presidênci­a, Geraldo Alckmin, prestou depoimento ontem por quase duas horas no Ministério Público de São Paulo e negou ter recebido recursos ilícitos da Odebrecht em suas campanhas a governador em 2010 e 2014. Os pagamentos no valor de R$ 10,3 milhões foram citados por três delatores da empreiteir­a no acordo de colaboraçã­o fechado com a Procurador­ia-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato.

Alckmin entrou e saiu de carro do prédio do MP paulista e não falou com a imprensa. Após o depoimento, o advogado José Eduardo Alckmin, defensor do tucano, disse aos jornalista­s que as provas colhidas até agora são “insubsiste­ntes” e não descartou “requerer o trancament­o do próprio inquérito” nas esferas cível e eleitoral. “A continuar nessa linha, se o próprio Ministério Público não se convencer, se poderá eventualme­nte levar o caso à Justiça para verificar se é legal continuar a investigaç­ão”, disse o advogado.

Segundo ele, o presidenci­ável respondeu a todas as perguntas feitas pelo promotor Ricardo Manuel Castro, responsáve­l por investigar a suspeita de enriquecim­ento ilícito do ex-governador envolvendo a acusação de caixa 2 da Odebrecht. Também são investigad­os o empresário Adhemar César Roteiro, cunhado do tucano, e o ex-secretário e tesoureiro da campanha do PSDB de 2014, Marcos Monteiro, que negam irregulari­dades.

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