Alckmin depõe e nega caixa 2 em campanhas
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, prestou depoimento ontem por quase duas horas no Ministério Público de São Paulo e negou ter recebido recursos ilícitos da Odebrecht em suas campanhas a governador em 2010 e 2014. Os pagamentos no valor de R$ 10,3 milhões foram citados por três delatores da empreiteira no acordo de colaboração fechado com a Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato.
Alckmin entrou e saiu de carro do prédio do MP paulista e não falou com a imprensa. Após o depoimento, o advogado José Eduardo Alckmin, defensor do tucano, disse aos jornalistas que as provas colhidas até agora são “insubsistentes” e não descartou “requerer o trancamento do próprio inquérito” nas esferas cível e eleitoral. “A continuar nessa linha, se o próprio Ministério Público não se convencer, se poderá eventualmente levar o caso à Justiça para verificar se é legal continuar a investigação”, disse o advogado.
Segundo ele, o presidenciável respondeu a todas as perguntas feitas pelo promotor Ricardo Manuel Castro, responsável por investigar a suspeita de enriquecimento ilícito do ex-governador envolvendo a acusação de caixa 2 da Odebrecht. Também são investigados o empresário Adhemar César Roteiro, cunhado do tucano, e o ex-secretário e tesoureiro da campanha do PSDB de 2014, Marcos Monteiro, que negam irregularidades.