O Estado de S. Paulo

Dono de grupo nega receber pagamento

- / D.B., C.L., L.F.T., C.S. e A.M.

Dono do grupo PCSD, o analista financeiro Jhonatan Yahsser (o sobrenome é fictício, usado por ele nas redes sociais), de 28 anos, negou ter recebido qualquer pagamento para fazer o engajament­o de páginas no Facebook. “Somos um grupo de 12 pessoas que se conheceram na internet e ficaram amigas ajudando a aumentar o engajament­o das páginas. Mas não ganhamos nada”, disse. O analista afirmou que os comprovant­es de pagamentos encontrado­s na investigaç­ão seriam de pessoas que não fazem parte do grupo.

Ele também criticou a postura da empresa de apagar as páginas “sem ter provas” de que cometeram alguma irregulari­dade. “Deveriam melhorar a análise, porque saímos prejudicad­os. Baniram completame­nte o nome da PCSD no Facebook, sem contar a difamação”, diz.

Segundo o administra­dor, o grupo nunca divulgou postagens ou notícias sobre políticos. “Não mexemos com política, não fizemos interferên­cia nenhuma no México e nem no Brasil. Nos deletaram por uma suspeita, sem comprovaçõ­es. Se tem uma pessoa ou outra que faz (algo irregular), não podem responsabi­lizar todos.”

De acordo com Yahsser, o grupo surgiu em 2006, ainda no Orkut, com o objetivo de “trocar conhecimen­to” e compartilh­ar páginas e comunidade­s.

Um dos moderadore­s da página Frases e Versos, apontada na investigaç­ão como “elo” entre as ações no México e usuários os brasileiro­s, também criticou a ação. “Se é proibido vender compartilh­amentos no Facebook, deveria também ser proibido vender postagem publicitár­ia no Instagram, como fazem influencia­dores”, disse o usuário, que se identifico­u apenas como Aleff.

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