Eletrobrás reabre programa de demissão incentivada
A Eletrobrás decidiu reabrir em outubro o programa de demissão incentivada para reduzir o quadro de funcionários. O programa anterior conseguiu a adesão de 736 empregados, diante de uma meta de 2,5 mil. Ainda assim, segundo o presidente da estatal, Wilson Ferreira Júnior, a economia anual da companhia com a redução do quadro já será de R$ 231 milhões por ano.
A Eletrobrás tem, hoje, 22,5 mil funcionários. Para incentivar os desligamentos, a empresa oferece a soma de três salários de aviso prévio com a multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço multiplicada por 1,5. Além disso, o empregado tem direito a manter o plano de saúde da estatal por mais cinco anos.
Segundo Ferreira, a baixa adesão ao primeiro programa tem duas explicações: a possibilidade de uma reforma da Previdência que não se concretizou e o atraso na implantação de um sistema integrado de gestão empresarial que vai eliminar algumas funções na companhia.
“A implementação do sistema SAP (integração da gestão) está de três a seis meses atrasado, mas à medida que for sendo implantado, algumas atividades não serão mais necessárias e acho que a adesão cresce”, explicou Ferreira Júnior.
Dentro da meta de cortar gastos, a empresa está mudando de endereço. Vai trocar o prédio que ocupa desde 1991 em uma das principais avenidas do centro do Rio por um prédio inteligente também no centro. A nova sede pertence ao fundo de pensão da empresa, o Eletros.
“Aqui pagamos R$ 3 milhões de aluguel e lá vamos pagar R$ 1 milhão. Vamos economizar R$ 24 milhões por ano”, disse o executivo.
Programas governamentais como Procel e Luz para Todos e a empresa de participações Eletropar continuarão no prédio antigo, nos dois andares de propriedade da Eletrobrás.
Na noite de terça-feira, a empresa informou que teve um lucro de R$ 2,8 bilhões no segundo trimestre do ano. A cifra é oito vezes maior que a registrada no mesmo período do ano passado.