Google cede à China e sofre crítica interna
O plano do Google de lançar um mecanismo de busca censurado na China exige “mais transparência, supervisão e responsabilidade”, escreveram centenas de funcionários da companhia em uma petição interna obtida pela agência Reuters ontem.
O Google planeja bloquear no mecanismo chinês alguns sites e termos de busca para conseguir ganhar aprovação de Pequim para operar a ferramenta de pesquisa para dispositivos móveis no país.
Os funcionários da companhia temem que, ao concordar com as exigências de censura, o Google valide as proibições à liberdade de expressão no país e viole o código de conduta da empresa.
Após outra petição de funcionários neste ano, o Google anunciou que não vai renovar um projeto para ajudar os militares dos EUA a desenvolver tecnologia de inteligência artificial para drones.
A nova petição afirma que o projeto da empresa na China deixou claro que os princípios éticos divulgados pelo Google durante o debate anterior sobre drones “não são suficientes”. Representantes do Google não comentaram o assunto.
Três ex-funcionários envolvidos em esforços anteriores do Google na China afirmaram que a atual liderança da empresa pode avaliar que a oferta de resultados de busca limitados na China é melhor do que nenhuma oferta de informação.
“Precisamos urgentemente de mais transparência, um lugar nas negociações e um comitê para esclarecer e abrir o processo” Funcionários do Google EM MEMORANDO INTERNO