O Estado de S. Paulo

Programa evita itens polêmicos da campanha

- / P.V. e F.L.

O programa de governo do tucano Geraldo Alckmin não incluiu sugestões polêmicas formuladas por especialis­tas que trabalhara­m na elaboração do documento e propostas feitas pelo próprio candidato em entrevista­s durante a pré-campanha. Em julho, Alckmin disse que iria diminuir dez ministério­s, propor a redução em um terço (27) do número de senadores e para 120 deputados, alegando que “não tem sentido” ter tantos políticos em Brasília. O documento, porém, fala em cortar “em até 10” o número de pastas sem especifica­r quantas e quais, e não faz menção à redução de cadeiras no Congresso.

Sobre reforma política, o programa diz apenas que pretende adotar o voto distrital misto e aumentar o porcentual da cláusula de barreira para 5%.

O texto também evita abordar temas que desagradam aos aliados mais conservado­res do Centrão, grupo de partidos que aderiu à coligação tucana. Coordenado­r do capítulo sobre saúde do programa, o médico David Uip havia incluído a descrimina­lização das drogas entre as possíveis propostas a serem apresentad­as ao tucano. A ideia, porém, não entrou na redação final.

A facilitaçã­o de posse de arma no campo prometida por Alckmin também ficou de fora porque, segundo aliados, já existe um projeto de lei a respeito do assunto no Congresso.

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