Fórum dos Leitores
ORÇAMENTO Censo 2020
Falta de recursos federais ameaça próximo censo demográfico do IBGE (Estado, 19/8, B1). Sem provisão orçamentária para realização do Censo Demográfico, que é tradicional e fundamental para políticas públicas, temos o retrato da falência administrativa. JOSÉ WILSON GAMBIER COSTA jwilsonlencois@hotmail.com Lençóis Paulista
Será que essa falta de recursos é só para o IBGE? E a educação, a segurança, a saúde, estão bem de recursos? Já para as campanhas eleitorais dos partidos, para aumentar os salários dos servidores públicos de alto escalão e para tantas mordomias a que eles acham ter direito parece haver dinheiro sobrando. Até quando o pagador dos impostos mais escorchantes do mundo vai sustentar este Estado balofo? APARECIDA GAZIOLLA aparecidagaziolla@gmail.com São Caetano do Sul
Para o futebol, gastaram-se milhões e milhões, sem resultados; para o IBGE fazer o recenseamento, que é importantíssimo para o País, não tem dinheiro. Acorde, Brasil, até quando vamos suportar este absurdo? JOSÉ CLAUDIO CANATO jccanato@yahoo.com.br São Paulo
‘Teto ameaçado’
Muito prudente o alerta para o perigo de excluir do teto de gastos da União as despesas de órgãos públicos com a realização de concursos nos quais o candidato paga taxa de inscrição (Estado, 20/8, A3). Isso é só o começo, pois serviços públicos como lixo, iluminação, etc., também são remunerados mediante o pagamento de taxas. Assim, pela mesma razão, poderão também ser excluídos do teto de gastos. Seguindo por este caminho, dentro em pouco teremos a repetição do que está acontecendo com o teto salarial do funcionalismo, que é burlado por meio dos chamados pagamentos indenizatórios (auxílio-moradia, auxílio-transporte, auxílio-paletó, etc.). Lamentavelmente, os brasileiros em geral não sabem que tudo aquilo que o governo paga a alguém ele, primeiro, tirou dos contribuintes, que somos todos nós, principalmente por meio de impostos indiretos, embutidos até no leitinho das crianças. ADILSON DALLARI adilsondallari@uol.com.br
São Paulo
BRASIL-VENEZUELA A revolta de Pacaraima
O confronto do fim de semana em Pacaraima (RR), entre brasileiros e venezuelanos, é o resultado da crônica de uma revolta anunciada. Venezuelanos em fuga da brutal crise de seu país assaltam um comerciante da cidade fronteiriça e se tornam a fagulha que faltava para a explosão da intolerância, incentivada entre outras coisas pela disputa política local. Os governos federal, estadual e municipais têm o dever de se coordenarem para enfrentar o problema de maneira eficaz. Há que pensar nos seres humanos – tanto venezuelanos quanto brasileiros – atingidos pelo problema fronteiriço. A política de espalhar venezuelanos pelo território brasileiro pode não ser a melhor, pois já temos 13 milhões de brasileiros desempregados. Fatalmente, estes imigrantes serão as novas vítimas da crise econômica brasileira. Melhor é socorrê-los no imediato, até que possam retornar ao seu país, sua família e cultura. DIRCEU CARDOSO GONÇALVES aspomilpm@terra.com.br
São Paulo A falta de capacidade do governo federal para lidar com os venezuelanos refugiados é uma boa amostra de um Estado falido por uma legião de funcionários muito bem pagos, lotados nos gabinetes refrigerados de Brasília, que, como carrapatos, sugam toda a força da Nação. ULF HERMANN MONDL hermannxx@yahoo.com.br
São José (SC)
Sem pestanejar
Acho que dá para medir a situação de miséria dos pobres desempregados do Brasil pelo retorno imediato de 1,2 mil imigrantes à Venezuela após os tumultos do fim de semana. Eles preferem passar fome em seu próprio país a serem maltratados por aqui. Uma vergonha para os brasileiros que têm vergonha na cara. Não é o caso de nossos governantes. ADEMIR VALEZI valezi@uol.com.br São Paulo Venezuelanos fogem para Colômbia, Equador, Peru e Brasil. E nós, brasileiros, vamos fugir para onde?
PAULO SÉRGIO ARISI paulo.arisi@gmail.com Porto Alegre
DEFESA Pensamento racional
Em meio a tanta vertigem militarista, saídas de mitografias ressentidas a torto e a direita, as razões de existir das Forças Armadas expostas pelo comandante Eduardo Villas Bôas (Defesa para quê?, 18/8, A2) lembram uma tradição militar brasileira de pensamento racional e no rumo certo. ÂNGELO PALHARES angelo.phylos@gmail.com São Paulo
Cumprimento a presidência do conceituado Estadão em virtude do editorial e de matérias publicadas sobre os “excessos” do Supremo Tribunal Federal (STF) e a descriminalização do aborto no País, discussão que não é de competência do Supremo. Com efeito, consoante o asseverado pelo Estado na sua edição de 5/8 (A3), a mais alta Corte da Justiça brasileira não é o “locus” institucional adequado para a discussão da relevantíssima matéria, avançando sobre a seara do Congresso Nacional. Ademais, a inviabilidade do direito à vida é cláusula pétrea da Carta Magna e não pode ser alterada, mesmo por uma eventual Proposta de Emenda à Constituição brasileira. No concernente ao relevante tema, o eminente cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, assevera que: “Os legítimos direitos da mulher e da mãe devem ser assegurados na justa medida, sem suprimir a vida do seu filho, ainda por nascer” (11/8, A2). A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expediu nota em defesa da vida, condenando qualquer tentativa de liberação e descriminalização da prática do aborto. Espera-se que a Suprema Corte não seja reticente e, como guardiã da Constituição, preserve o direito à vida. A vida começa na concepção. Há a vida humana desde a concepção, pois no zigoto, primeira célula da união entre o espermatozoide e o óvulo, já estão definidas todas as características daquele ser humano, que o acompanharão até a morte. De acordo com o artigo do nosso Código Civil, o nascituro é titular de direitos adquiridos.
LUIZ GONZAGA BERTELLI, diretor presidente da União dos Juristas Católicos de São Paulo lgbertelli@uol.com.br
São Paulo
“A Venezuela tirou cinco zeros da moeda. Agora falta tirar Maduro”
LUIZ FRID / SÃO PAULO, SOBRE A CRISE VENEZUELANA luiz.frid@globomail.com
“Piada do século: governo da Venezuela insiste em que brasileiros respeitem os cidadãos venezuelanos, que ele mesmo não respeita”
JOSÉ CARLOS DE CARVALHO CARNEIRO / RIO CLARO, IDEM carneirojcc@uol.com.br