CSN lança nova rodada de reajuste de preços
Odólar na casa de R$ 4, somado à alta das matérias-primas, levará a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a realizar novo aumento do preço do aço, de 10,25%, a partir do dia 3 de setembro, para a rede de distribuição, indústria e construção civil. Assim, o reajuste será feito para aço plano, longo e folhas metálicas. O movimento ocorre logo após o aumento anunciado em agosto, que está terminando de ser implementado pela CSN: 12,25% nos laminados a quente e a frio e 10,75% no aço revestido. Segundo o vice-presidente comercial da siderúrgica, Luis Fernando Martinez, mesmo com o aumento deste mês, o diferencial do preço do aço nacional em relação ao importado está hoje negativo em 6%.
» Desverticalização. A Usiminas bateu o martelo e decidiu se desfazer da participação de 70% na sua unidade de mineração, a Musa. O banco BTG Pactual já foi contratado para assessorar a transação. O processo de venda, contudo, ainda não foi lançado, segundo fontes. A Usiminas vinha dando sinais, há alguns meses, de que faria o desinvestimento. A principal sinalização foi dada em junho, com a saída de Wilfred Bruijn, que comandava a Musa. Se mantivesse a operação, a empresa teria que decidir até 2020 sobre a expansão da mina, já que sua capacidade de produção de minério de ferro irá se esgotar até 2025. O projeto Compactos, há anos na mesa da companhia, promete elevar a capacidade de produção de minério para 29 milhões de toneladas. Ou seja: o novo dono terá um investimento de grande porte à frente. Os 30% restantes da Musa estão nas mãos da japonesa Sumitomo. A Usiminas confirmou o processo.
» Novo nome. A FLC, que nasceu como uma importadora de lâmpadas em 1992, tem novo presidente, o mexicano Arturo Gonzalez. O executivo foi nomeado pelo controlador da FLC, o fundo de private equity Victoria Capital Partners, gerido pela Principia. A compra da FLC pela Victoria, em 2014, foi parar em uma câmara arbitral, após um imbróglio com antigos sócios. Gonzalez substituirá José Augusto Pereira de Oliveira.
» Reforço. O escritório TozziniFreire acaba de reforçar três de suas áreas com a chegada de novos sócios: André Camargo, em Fusões e Aquisições, Societário e Investimento Estrangeiro; Guilherme Ribas, em Direito da Concorrência; e Gustavo Rabello, na área de Mercado de Capitais.
» Nova cadeira. Após seis anos como vice-presidente jurídico da Johnson & Johnson, Sergio Pompilio assumiu a vice-presidência para assuntos governamentais da empresa na América Latina.
» Online. O comércio online brasileiro cresceu 31% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2017, segundo levantamento da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb. O segmento onde houve mais compra foi em moda, com 21% do total. Em seguida aparece o de eletrônicos, com 9%. Na hora do pagamento, o meio mais usado foi o cartão de crédito, com 57% do total.
» De volta. A RNI (antiga Rodobens Negócios Imobiliários) dará a largada, neste fim de semana, à sua safra de empreendimentos que marca o retorno da empresa ao Minha Casa Minha Vida (MCMV), após cinco anos sem atuar no setor. A incorporadora prevê lançar quatro projetos inseridos no programa habitacional até dezembro, sendo o primeiro deles neste sábado (25), em São José do Rio Preto (SP), com quatro torres e 320 apartamentos. Depois virão Ourinhos (SP), Pacatuba (CE) e Feira de Santana (BA).
» Truco. A previsão inicial da RNI era de lançar apenas dois projetos dentro do MCMV em 2018, mas a forte demanda por moradias populares - somado ao bom desempenho de vendas das concorrentes MRV, Tenda e Direcional - estimulou a incorporadora a dobrar suas apostas. Os novos projetos fazem parte das faixas 2 e 3 (para famílias com renda de até R$ 4 mil e R$ 9 mil, respectivamente) e serão construídos em terrenos que seriam usados pela RNI para loteamentos. Os negócios dentro do MCMV representarão de 55% a 60% dos lançamentos da incorporadora em 2018, um patamar próximo ao de 80% de 2013, quando a ela decidiu suspender novos projetos no setor.
» Revisão. A RNI abandonou o MCMV naquele ano porque considerou que os limites de preços dos imóveis na época apertavam muito as margens, gerando prejuízo pelo menor desvio de custo ou prazo da obra. De lá pra cá, porém, o programa foi recauchutado pelo governo federal, com ajustes em subsídios, tetos de preços e faixas de beneficiários, ajudando a transformar o segmento popular no mais aquecido no mercado imobiliário nacional.