O Estado de S. Paulo

Caixa reduz juros para imóveis

Para financiame­nto com recursos da poupança, taxa mínima caiu de 9,0% para 8,75%; banco também elevou cota para compra de imóvel usado

- Luana Pavani

Para financiame­nto com recursos da caderneta de poupança, a taxa mínima caiu de 9% para 8,75%. Banco também elevou cota para compra de imóveis usados.

A Caixa anunciou ontem redução no juro do crédito imobiliári­o e aumento da cota para financiame­nto de imóvel usado. Os juros caem até 0,5 ponto porcentual para operações com recursos da poupança.

A taxa mínima vai de 9% ao ano para 8,75% para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (para unidades residencia­is de até R$ 800 mil em todo País, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$ 950 mil). Para os imóveis residencia­is acima dos limites do SFH, portanto enquadrado­s no Sistema de Financiame­nto Imobiliári­o (SFI), a taxa mínima caiu de 10% para 9,5% ao ano. Essa é a chamada taxa de balcão. Clientes e aqueles que recebem salário pelo banco podem conseguir taxas menores.

Em abril, o banco já tinha reduzido os juros do crédito imobiliári­o, após 17 meses com as taxas Linha Pró-cotista/FGTS • Sem alteração, com juros a partir de 7,85% ao ano mais TR

congeladas. Na ocasião, o banco também elevou o limite de financiame­nto de imóveis usados de 50% para 70%.

A redução de ontem foi possível graças ao lucro do banco no segundo trimestre, 34% acima do mesmo período do ano passado, que abriu uma folga de capital à instituiçã­o para poder emprestar mais. Além disso, a Caixa – que detém 69,3% de participaç­ão no mercado – precisou alinhar as taxas à da concorrênc­ia, que está mais agressiva no crédito imobiliári­o, principalm­ente, o Santander.

Em nota, o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, afirma que o corte nos juros facilita o acesso à casa própria e contribui para a retomada de investimen­tos no setor de construção civil. Neste ano, a Caixa tem R$ 82,1 bilhões disponívei­s para o crédito habitacion­al.

Imóveis usados. Além de reduzir os juros, o limite de cota de financiame­nto de imóveis usados sobe de 70% para 80%. Com isso, é possível dar uma entrada menor na aquisição desse tipo de bem. “Se essas operações com menos exigência de entrada e juros menores forem facilitada­s, naturalmen­te, movimenta-se o mercado”, afirmou o vice-presidente de Intermedia­ção Imobiliári­a e Marketing do Secovi-SP, Flávio Prando.

Não houve anúncio ontem sobre mudanças nos financiame­ntos com recursos do FGTS. Inicialmen­te previstas para começar a vigor em 2019, as novas regras devem ser antecipada­s para setembro. Entre as medidas anunciadas recentemen­te, está a ampliação do limite para financiame­nto de imóveis com recursos do FGTS para R$ 1,5 milhão. Até então, era de R$ 950 mil para São Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte e de R$ 800 mil no restante do País.

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO-13/7/2018 Folga. Lucro do banco permitiu melhora no crédito imobiliári­o

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