Wrangler é devorador de trilhas
Agora com motor 2.0 de 273 cv, modelo feito nos EUA chegará inicialmente na versão Rubicon, com preço acima de R$ 210 mil
Avaliamos, nos EUA, a versão Rubicon da nova geração do Jeep, que chega ao País no inicio de 2019 mais equipada e com motor 2.0 de 173 cv, inédito na linha
Quando o objetivo é chegar a lugares remotos, por caminhos sem asfalto em meio à natureza, o Wrangler é um dos poucos carros capazes de encarar e transpor o desafio. Avaliamos nos EUA a nova geração desse genuíno representante da categoria de jipes robustos, que chegará às autorizadas da Jeep no Brasil no primeiro trimestre de 2019.
Embora tenha mantido o estilo quadradão e o histórico quase inabalável, o modelo feito em Ohio (EUA) evoluiu bastante. Além da nova plataforma, o Wrangler, que será mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, recebeu mais tecnologia e teve a capacidade off-road aprimorada.
A versão que virá ao País será a Rubicon, com duas ou quarto portas. O motor é o 2.0 turbo a gasolina, inédito na linha, que gera 273 cv de potência.
O preço não foi divulgado, mas será acima dos R$ 210 mil da geração atual, que ainda tem unidades em estoque no Brasil. A Jeep também estuda trazer as versões Sahara e 2.2 turbodiesel. Há uma opção nos EUA com motor 3.6 V6 a gasolina, que não virá ao País.
Estilo.
A principal mudança no visual do Wrangler está na grade mais pronunciada. O capô ganhou novos vincos e aspecto mais robusto. Os para-lamas estão mais altos e receberam pequenas lanternas de LEDs.
O acabamento interno melhorou e tem um quê de sofisticação. Há bancos de couro e revestimentos de plástico emborrachado. A central multimídia, com tela sensível ao toque, é
compatível com os sistemas Android Auto e Apple Car Play.
O teto de lona removível pode ter acionamento elétrico (para algumas versões de quatro portas) e ser aberto em vários níveis. Há também opção conversível, com teto rígido, que pode
ser retirado manualmente.
O novo Wrangler também ganhou melhorias nos ângulos de transposição e ataque. Além disso, traz várias partes de alumínio, como as portas e capô. Com isso, ficou 90 kg mais leve.
A versão avaliada teve suas
quatro portas retiradas. O motor 2.0 de 40,8 mkgf, disponíveis a partir das 3 mil rpm, garante boa capacidade de aceleração e retomada de velocidade. Bom também é o câmbio automático de oito marchas, que faz trocas de modo suave e rápido.
Se no asfalto o Wrangler não fez feio, foi no off-road que ele mostrou sua melhor faceta. Levamos o carro ao extremo na trilha Rubicon, na Califórnia, uma das mais famosas dos EUA. Em trajeto com pedras de vários tamanhos e formatos, o Jeep mostrou que estava em casa.
Com pneus montados em rodas de 17 polegadas (em alguns momentos, apenas duas ficaram em contato com o solo), o Jeep não teve dificuldade em vencer o desafio. Mérito também dos vários recursos mecânicos e eletrônicos e da construção feita sobre chassi, que apresenta alta resistência à torção.
O sistema de tração 4x4 é acionado por meio de alavanca. Todo o trecho off-road foi percorrido com a reduzida acionada. O Wrangler tem ainda diferencial autobloqueante, que facilita a missão de superar os obstáculos mais severos.
Se a situação exigir, dá para enviar 25% da força para cada roda. O motorista também pode ajustar a entrega total de torque para o eixo traseiro. Basta mover um botão localizado na parte inferior do painel central para cima e para baixo.
Há ainda a possibilidade de desconectar o controle eletrônico da barra estabilizadora. Em condição normal, com o veículo rodando em vias asfaltadas, por exemplo, o sistema fica ligado para reduzir o risco de rolagem da carroceria.
Em trilhas, o ideal é desligálo. Com isso, o carro ganha flexibilidade para vencer obstáculos difíceis, como valas e riachos. VIAGEM FEITA A CONVITE DA JEEP
DNA off-road Amplo vão livre em relação ao solo e várias soluções eletrônicas e mecânicas fazem desse Jeep um devorador de trilhas. Teto elétrico
Sistema automático de abertura só está disponível para algumas versões de quatro portas.