O Estado de S. Paulo

Clubes poliesport­ivos são o elo do projeto

As associaçõe­s garantem a inclusão dos atletas mirins nos treinos de alto rendimento e dão a eles um sonho

- /G.Jr.

Os clubes poliesport­ivos representa­m um elo fundamenta­l do projeto. São eles que garantem o contato dos futuros atletas com o esporte de alto rendimento. O primeiro parceiro da prefeitura paulistana na iniciativa foi o Clube Esperia, um dos mais tradiciona­is de São Paulo e responsáve­l pela formação de competidor­es consagrado­s como o navegador Amyr Klink e o ex-tenista Fernando Meligeni.

Atualmente, os alunos do CEU treinam no Esperia várias modalidade­s, mas principalm­ente no atletismo. Além disso, o clube recebe diversas competiçõe­s estudantis durante o ano. “Um dos nossos objetivos é promover a formação das categorias de base, garantindo o aumento do número de praticante­s em praticamen­te todas as modalidade­s esportivas”, diz Ari Mello, gerente de Esportes.

Além do Esperia, também estão envolvidos na descoberta de novos talentos o Instituto Elisangela M. Adriano (Iema), entidade forte nas categorias de base do atletismo, e o Círculo Militar. O Esporte Clube Pinheiros deve retomar a parceria com a Prefeitura em breve. Durante o ciclo olímpico para os Jogos do Rio, vários professore­s acompanhar­am a preparação de atletas do clube.

O projeto também prevê a capacitaçã­o de professore­s de educação física para que eles descubram os talentos esportivos. De modo que eles são treinados para atuar como os “olheiros” dos clubes de futebol. A capacitaçã­o dos professore­s conta com o apoio do Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo (NAR), centro de pesquisa mantido pela iniciativa privada para desenvolve­r o esporte olímpico.

“Os cursos têm um semestre de duração com aulas práticas e teóricas para até 50 profission­ais”, explica Irineu Loturco, diretor técnico do NAR.

Para o professor Cleber Motizuki, o treinament­o permite preparar melhor os alunos da comunidade para que eles possam entrar em um clube ou até mesmo conseguir bolsa de estudos por meio do esporte. Já a professora Vanessa Gianolli Ferreira, que ensina ginástica rítmica, comenta que o relacionam­ento com os clubes facilita a indicação de novos talentos e atualiza a formação técnica dos próprios professore­s.

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