O Estado de S. Paulo

Disputa vai até o fim

- ROBSON MORELLI E-MAIL: ROBSON.MORELLI@ESTADAO.COM INSTAGRAM: @ROBSONMORE­LLI7 TWITTER: @ROBSONMORE­LLI FACEBOOK: @ROBSONMORE­LLI

OCampeonat­o Brasileiro vai ser acirrado até o fim, até sua 38.ª rodada. Vai levar vantagem, conforme mostrou ontem reportagem do Estado assinada por Renan Cacioli, os times que não terão de dividir sua atenção com outros torneios, como Libertador­es, Sul-Americana e Copa do Brasil. Quem tiver apenas o Nacional para jogar, terá mais chance de se dar bem. O que não quer dizer que será campeão. O líder São Paulo é um desses, cujo esforço está totalmente voltado ao Brasileirã­o.

Internacio­nal e Atlético-MG também ficaram pelo caminho nas outras disputas. Seus olhos, portanto, brilham a cada rodada do Nacional.

De modo que coloco essas três equipes, interessad­íssimas na competição, como candidatas a ganhar. Incluo Flamengo, Grêmio e Palmeiras na parada. E um Cruzeiro, vindo lá de trás, por respeito ao seu treinador, Mano Menezes, e se rendendo à qualidade do elenco. Não vejo nenhuma outra equipe em condições de surpreende­r com arrancadas invejáveis que costumam ocorrer no returno. Fico com os sete.

O fato é que não seria capaz de apontar o campeão. Uma coisa me parece clara: não teremos ninguém nadando de braçadas até a chegada. Nem o líder o São Paulo. O grupo de Aguirre achou um jeito de jogar, mas começa a ter dificuldad­es para se impor. Continuar sendo regular é o seu maior desafio.

Da mesma forma, o Internacio­nal ainda tem de se provar agora que todos estão dando conta de sua recuperaçã­o. Até outro dia, poucos notavam o clube no Nacional. Já não é mais assim. A torcida se encheu de entusiasmo e os rivais começaram a torcer contra. O Inter é um desses clubes que têm caminho livre. Como o São Paulo, encontrou uma maneira de atuar e tem no seu treinador, Hellmann, chamado de Papito pelos jogadores, um dos motivos de sua estabilida­de em campo. Recentemen­te, contratou Guerrero para reforçar o ataque, mas foi surpreendi­do com a punição do atacante peruano – pego em doping, ele teve a pena interrompi­da na Copa da Rússia, mas agora terá de cumpri-la até janeiro de 2019.

Dos clubes que só tem o Brasileiro neste segundo semestre, o AtléticoMG é o que gera menos confiança. O treinador é novato, já esteve na corda bamba, mas o elenco é razoavelme­nte bom. O que falta ao time é regularida­de. Mesmo assim não dá para descartar a equipe alvinegra de Minas Gerais.

Flamengo, Grêmio e Palmeiras têm outros interesses e vão olhar com mais carinho para a disputa quando não tiverem mais chances nas outras competiçõe­s – Libertador­es e Copa do Brasil.

De modo que vão se sustentar no torneio para não perder o pelotão de frente de vista. O Fla, que rodadas atrás era líder, tem elenco de respeito. Va lá que a defesa provoca calafrios e o gol ainda é um problema, mas do meio de campo pra frente, é tudo jogador bom de bola. Aposto alto nesse Flamengo. O clube ainda deve uma festa e um brinde à sua torcida com taça mais pesada.

No Sul, além do Inter, é preciso ficar atento ao Grêmio, de Renato Gaúcho. O técnico faz sua última temporada no clube – deve mudar de ares em 2019. Então, fará de tudo para dar mais uma volta olímpica. Há jogadores interessan­tes no grupo, como Luan, que ficaram de um ano para o outro. De todos, talvez seja o que marca melhor, e tem no conjunto do meio sua grande força. Mas não é nem de longe o mesmo Grêmio da disputa passada. Renato se valeu de formações mistas em algumas rodadas do Brasileiro, dando a entender que ele não é prioridade.

Há ainda o Palmeiras, que ontem completou 104 anos de existência. A chegada de Felipão mudou a condição do time, agora mais regular e jogando simples. Tem outros objetivos, mas avança no Brasileiro. E não vai desistir dele. Em comum, todos esses rivais acreditam na conquista.

São Paulo, Fla, Inter, Grêmio, Atlético-MG, Cruzeiro e Palmeiras brigam pelo caneco

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