O Estado de S. Paulo

Fortes na defesa, Palmeiras e Inter empatam sem gols

No dia em que celebrou 104 anos, Palmeiras segura o Internacio­nal no Sul e chega ao nono jogo sem sofrer gols

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O Palmeiras joga no tom do seu hino, sobretudo ontem, quando o clube completou 104 anos de existência. A defesa alviverde foi uma rocha diante do Internacio­nal dentro do Beira-Rio e garantiu ponto importante no Campeonato Brasileiro fora de casa. Com o empate por 0 a 0 em Porto Alegre, o Palmeiras atingiu a marca de nove partidas sem sofrer gols (somando Brasileiro, Copa do Brasil e Libertador­es), a segunda maior invencibil­idade na história do clube. Em 1987, o Palmeiras ficou 12 confrontos sem ser vazado.

No que dependesse dos números, aliás, a partida no BeiraRio tinha uma grande probabilid­ade de terminar com o marcador em branco, como ocorreu. O Internacio­nal, contando o empate de ontem, chegou ao sexto jogo sem sofrer gols.

“Temos uma solidez defensiva, um trabalho de equipe que faz com que nosso sistema defensivo seja menos acionado do que vinha sendo. Os jogadores entenderam como trabalhamo­s, como realizamos os treinament­os e adaptação que queremos”, elogiou Scolari.

O resultado, apesar do ponto somado, não foi o melhor cenário para nenhum dos times. O líder São Paulo venceu na rodada e abriu três pontos de vantagem sobre o Internacio­nal (vice-líder, 42) e oito para o Palmeiras (quarto colocado, 37). “Criamos uma ou duas oportunida­des a mais, mas o correto é afirmar que as duas equipes têm caracterís­ticas, identidade, um futebol muito disputado e parecido”, analisou o treinador palmeirens­e, que voltou a elogiar a qualidade do elenco.

O Palmeiras surpreende­u no primeiro tempo. O time de Felipão se impôs, manteve a posse de bola no ataque e pouco foi incomodado pelos donos da casa. Na etapa final, o Inter mudou a postura, pressionou, mas não teve forças para transpor a sólida defesa palmeirens­e.

O goleiro Weverton não deve ser problema para o jogo contra o Cerro Porteño, quinta-feira, pela Libertador­es. Aos 32 do segundo tempo, ele fez grande intervençã­o após cabeçada de Cuesta dentro da pequena área e machucou a coxa direita. Chegou a pedir substituiç­ão, mas permaneceu no jogo. “Acho que não é algo que preocupa, pois já fiz exame e não apontou nada, é um incômodo. Estarei firme e forte para quinta-feira”.

De olho no jogo contra o Cerro, Felipão não vai liberar nenhum jogador para a festa de aniversári­o que o clube vai promover amanhã. “Temos de nos preocupar com o jogo. Festa é quando terminar a partida”.

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