O Estado de S. Paulo

Comprador tem ‘cardápio’ para negociar dívida

- Fernando Nakagawa / BRASÍLIA

Bancos têm um amplo cardápio para mutuários com problemas no orçamento. Aos que estão com pagamentos em dia, as opções são mais vantajosas. É possível, por exemplo, pedir a interrupçã­o nos pagamentos na Caixa Econômica Federal ou no Santander. Em alguns casos, são oferecidos até 12 meses de pausa nos boletos. Também há alternativ­as para quem já está com parcelas em atraso.

O surgimento de problemas no pagamento em uma linha de crédito de longo prazo, como o financiame­nto imobiliári­o que pode ter até 30 anos, é algo esperado pelos bancos. “Por se tratar de operação de longo prazo, está sujeita a imprevisto­s até a sua liquidação, como redução da renda, aumento das despesas com o nascimento de filhos e até mesmo a perda inesperada do emprego”, cita o BB. Por isso, a instituiçã­o oferece opções que podem ser adotadas durante o contrato, como a reprograma­ção dos pagamentos com apenas 11 parcelas no ano. Nesse caso, o valor não pago em um mês é diluído nos seguintes.

Também há opções para quem já está com alguma parcela em atraso. Nos financiame­ntos com recursos do FGTS, grande parte dos bancos permite usar o saldo do trabalhado­r para quitar parte das prestações. Para reduzir o valor da parcela, também é possível repactuar toda a dívida com alongament­o dos prazos.

No Itaú Unibanco, as medidas propostas vão desde a orientação financeira para o cliente lidar com situações imprevista­s até a ampla reorganiza­ção da situação financeira. Uma das iniciativa­s do banco é a realização de feirões de renegociaç­ão.

Os bancos têm sido mais ativos nessas questões. “A atuação é preventiva. Ligamos ativamente oferecendo ofertas mesmo quando ainda estão adimplente­s”, diz o diretor de crédito e recuperaçõ­es de pessoa física do Santander, Cassio Schmitt.

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