O Estado de S. Paulo

Jornal do Carro

C4 Cactus, arma da Citroën para brigar com os SUVs compactos, aposta no estilo e no motor 1.6 turbo aliado ao câmbio automático

- Hairton Ponciano hairton.ponciano@estadao.com

C4 Cactus. Com ele, Citroën entra no segmento de SUVs compactos.

Na nouvelle cuisine (estilo de culinária que surgiu na França nos anos 70), o aspecto do prato é quase tão importante quanto o sabor. O C4 Cactus feito no Brasil parece beber dessa fonte: antes de mais nada, atrai pelo visual. Na dianteira, o destaque é a faixa de LEDs, logo acima dos faróis. Visto de lado e de traseira, o SUV da Citroën parece um hatch esportivo.

Fabricado em Porto Real (RJ), o C4 Cactus parte da receita básica do modelo feito na Espanha e lançado na Europa em 2014. Mas se diferencia pelo nível de tecnologia e interior.

Há três versões de acabamento (Live, Feel e Shine), duas do motor 1.6 flexível (aspirado de 122 cv e turbo de 173 cv) e duas de câmbio (manual de cinco e automático de seis marchas). A tabela vai de R$ 68.990 (Live manual) a R$ 98.990 (Shine completa). O carro está em fase de pré-venda e as entregas começam em outubro.

A porção reduzida é outra afinidade com a comida francesa. O Cactus tem 4,17 metros de compriment­o, 1,53 m de altura e porta-malas de 320 litros. Para comparação, são, respectiva­mente, 13 e 5 cm e 117 litros a menos que o Honda HR-V.

O C4 Cactus Shine “corrige” ao menos um dos erros do “irmão” 2008, com o qual compartilh­a a plataforma. O Citroën oferece câmbio automático e o bom motor 1.6 turbo no mesmo carro. O Peugeot também utiliza essa dupla, porém separadame­nte: o motor turbo só está disponível com o câmbio manual, enquanto a caixa automática só vem em conjunto com o 1.6 aspirado.

Na versão de topo do C4 Cactus, a boa oferta de potência e torque garante desempenho vigoroso. Como acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos (dados da fabricante), o C4 Cactus é o utilitário-esportivo compacto mais rápido do País. O senão é que, ao acelerar forte, a frente levanta e fica muito leve. Suspensão e direção (com assistênci­a elétrica) mais firmes combinaria­m mais com o 1.6 turbo.

A opção mais cara da gama traz chave presencial, partida do motor por botão, seis air bags, central multimídia com tela de 7 polegadas e grip control, que adapta a tração dianteira ao tipo de piso. O volante de couro em dois tons agrada, mas não traz aletas para troca de marcha, detalhe que daria mais um tempero à receita.

Agradecime­nto: Quinta da Cantareira, fone 4485-2372

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FOTOS:WERTHER SANTANA/ESTADÃO
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Grip control ajusta tração, que é no eixo dianteiro, ao tipo de piso
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Faixa com luzes diurnas de LEDs fica logo acima dos faróis

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