O Estado de S. Paulo

Ministério­s se blindam para escapar de degola

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABOROU RAFAEL MORAES MOURA

Na linha de tiro dos presidenci­áveis, que têm prometido a redução no número de ministério­s, ministros começam a preparar relatórios para mostrar a importânci­a de suas pastas. Líder nas pesquisas no cenário sem Lula, Jair Bolsonaro promete unir o Planejamen­to com a Fazenda e acabar com o Ministério da Segurança Pública. Na sabatina do ‘Estadão/Faap’, ontem, João Amoêdo (Novo) contou que pretende unir os Ministério­s da Cultura, Esporte e Educação. Geraldo Alckmin planeja extinguir 10 das atuais 29 pastas, entre elas a do Trabalho.

» Salve-se quem puder. Embora considere inevitável a extinção de alguns ministério­s, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, diz que “cabe a cada pasta mostrar sua importânci­a para o próximo governo e para a sociedade. Isso se faz com trabalho e resultados”.

» Não é fácil. O Ministério da Cultura chegou a ser fundido com o da Educação no início do governo Temer numa tentativa de reduzir o número de pastas, mas a classe artística reagiu.

» Antes tarde... Ao assinar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem para Roraima, como revelou o blog da Coluna, o presidente Michel Temer atendeu a pedido de 8 de agosto do ano passado, da governador­a do Estado, Suely Campos.

» Posto Ipiranga. A GLO para RR irritou os militares. A percepção no Exército é a de que o governo tem transferid­o para eles o ônus de qualquer crise.

» No papo. O presidenci­ável Jair Bolsonaro (PSL) ganhou um grupo de empresário­s paulistas do alto escalão ao dizer a eles que vai ajudar o empresaria­do se for eleito. Um deles, que já votou no PT, garante que, se o segundo turno for entre Bolsonaro e Haddad, vota no capitão reformado.

» Fora? Romero Jucá entregou a liderança do governo, mas não devolveu os cargos que indicou no Executivo. Helga Jucá, sua irmã, está na Secretaria das Mulheres, com cargo comissiona­do. O salário-base é R$ 13 mil.

» Com a palavra. A assessoria de Jucá disse que ele apenas deixou a liderança “porque discorda da questão de Roraima”, mas não rompeu com o governo.

» Mamata. A Empresa de Logística e Planejamen­to, criada para tocar o trem-bala que nunca saiu do papel, tem 17 funcionári­os com salários acima de R$ 20 mil. Só os salários deles somados chegam a R$ 409 mil por mês. A Coluna revelou, ontem, que a estatal tem 111 cargos sem concurso.

» Haja papel. A defesa do ex-presidente Lula no TSE para garantir o registro de sua candidatur­a terá mais de 200 páginas. Condenado por corrupção e lavagem, o candidato petista está impedido de disputar por causa da Lei da Ficha Limpa. » Marco. O governo chega na quinta ao centésimo leilão via PPI, programa tocado pela Secretaria-Geral da Presidênci­a, quando vai colocar à venda três subsidiári­as da Eletrobrás em RR, AC e RO.

» Queda de braço. O ministro Alexandre Baldy e o senador Romero Jucá travam uma guerra silenciosa. Enquanto o ministro quer a digitaliza­ção da CNH, o senador defende a empresa Valid, indústria gráfica de CNH, que comanda um oligopólio de mais de R$ 500 milhões por ano.

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» SINAIS PARTICULAR­ES. OS PRESIDENCI­ÁVEIS Geraldo Alckmin, candidato do PSDB

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