O Estado de S. Paulo

Ministério Público abre investigaç­ão sobre tuítes

- Teo Cury / BRASÍLIA

O procurador regional eleitoral auxiliar do Estado de Minas Gerais, Bruno Nominato de Oliveira, determinou ontem a instauraçã­o de um procedimen­to preparatór­io eleitoral para investigar eventuais irregulari­dades envolvendo o pagamento de influencia­dores em redes sociais para fazer campanha de candidatos petistas.

Caberão aos promotores eleitorais de Belo Horizonte a identifica­ção e a oitiva dos envolvidos, como os usuários do Twitter e os responsáve­is legais das empresas citadas. Em despacho, Nominato diz que o prazo para o término das diligência­s é de 60 dias. Como o procurador regional eleitoral titular não atua em matéria de propaganda, essa função fica sob a responsabi­lidade de procurador­es auxiliares.

O caso ganhou repercussã­o no fim de semana após a publicação de uma série de posts exaltando a gestão do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), candidato à reeleição. Internauta­s passaram a acusá-lo de pagar uma agência de “influencia­dores digitais” para divulgar mensagens positivas a seu respeito. Ontem, o governador reafirmou que seu partido e sua campanha não têm nenhuma ligação com a agência ou com qualquer empresa para pagar influencia­dores digitais.

Segundo resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “é vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, excetuado o impulsiona­mento de conteúdos, desde que identifica­do de forma inequívoca como tal e contratado exclusivam­ente por partidos políticos, coligações e candidatos e seus representa­ntes”.

Piauí. A procurador­ia eleitoral do Piauí também analisa as informaçõe­s sobre eventuais irregulari­dades envolvendo o pagamento de influencia­dores.

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