SEM TOMAR GOL HÁ NOVE JOGOS, WEVERTON SE APROXIMA DE ZETTI
Goleiro não é vazado há 812 minutos e fica perto de recorde do ex-atleta
Com tratamento intensivo na coxa direita para se recuperar de lesão, o goleiro Weverton, do Palmeiras, não quer ficar fora da partida de amanhã, pela Copa Libertadores, contra o Cerro Porteño, e da série que pode transformá-lo em recordista. O jogador está perto de superar a maior sequência de um goleiro do clube sem levar gols. Para continuar atrás desse desafio histórico, Weverton ganha apoio até mesmo do atual dono da marca.
O goleiro do Palmeiras está há nove jogos sem ser vazado. São 812 minutos. O recorde pertence a Zetti, que em 1987 passou 12 partidas ou 1.238 minutos invicto. “Seria maravilhoso ele conseguir passar essa marca, porque o futebol vive disso, desses momentos, de conquista”, disse Zetti. “Weverton é seguro, rápido, com boa saída. Sua frieza é excelente, assim como sua envergadura.”
No Campeonato Paulista de 1987, o Palmeiras alcançou a maior marca da história sem sofrer gols a partir de um momento inesperado. O então titular, Martorelli, foi expulso e deu chance a Zetti, que na época tinha apenas 22 anos. Ao não levar gols em clássicos diante de Corinthians e São Paulo, ele conquistou de vez a posição.
“Essa fase invicta no gol foi um grande alicerce para a minha carreira”, afirmou o goleiro ao Estado – ele que faria história no rival São Paulo anos depois. A sequência de jogos sem ser vazado acabou de forma curiosa. Um grande ídolo palmeirense foi quem encerrou a série invicta do goleiro do clube: o zagueiro Luís Pereira. O defensor tinha 37 anos e estava no Santo André quando marcou no empate por 1 a 1, no Bruno José Daniel. Zetti lamenta, pois o chute era defensável. Porém, um desvio na defesa o tirou da jogada.
A série em 1987 teve como momento de destaque a comemoração da torcida quando Zetti se tornou recordista de minutos sem tomar gol, ao superar marca de Leão. “O público começou a fazer contagem regressiva quando chegou aos 27 minutos do primeiro tempo. Demorei a entender tudo aquilo. Meus companheiros vieram me cumprimentar logo depois do jogo. Foi um momento fantástico”, relembrou Zetti. /