O Estado de S. Paulo

Por dentro, diferenças em relação ao europeu

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As principais diferenças do C4 Cactus nacional em relação ao europeu estão na cabine e plataforma. O novo SUV nacional utiliza a base do Peugeot 2008, chamada MP1 (a mesma do 208 e do C3). Na Europa, o Citroën emprega uma base mais moderna, PF1, do novo C3, não disponível no Brasil.

Na parte visível, as particular­idades são evidentes, começando pelo painel. O europeu (abaixo, à direita) tem acabamento mais refinado, notado no revestimen­to do painel e até nos puxadores das portas.

Além disso, a tampa do porta-luvas abre para cima e o air bag do passageiro sai do teto, enquanto o carro brasileiro utiliza a receita convencion­al. Além dos bancos mais atraentes, o Cactus europeu traz quadro de instrument­os que se destaca do painel, como a tela da central multimídia.

O nacional utiliza o mesmo quadro digital do C4 Lounge, bem mais simples. O conta-giros, um gráfico de barras horizontai­s, é muito pequeno, e o econômetro (para ajudar a reduzir o consumo) é confuso.

Em maio deste ano, a Citroën convidou um grupo de jornalista­s para avaliar unidades do Cactus nacional ainda da fase de pré-série. O objetivo da marca era coletar críticas e, se possível, melhorar o carro.

O modelo de produção, no entanto, veio com praticamen­te as mesmas virtudes e falhas dos carros avaliados à época. O desempenho é muito bom e o espaço agrada, mas as laterais e painel têm muito plástico rígido (nas versões de topo há uma faixa de material macio).

Só a parte de apoio dos braços, nas portas, ganhou tecido. Não há luzes nos quebra-sóis e espaço para os pés na área dos pedais é mínimo – o calçado do motorista fica raspando na parte inferior do painel.

Outra falha é haver apenas uma entrada USB na dianteira, e nenhuma atrás. Os dois porta-copos no console central são muito pequenos, e os portaobjet­os têm fundo rígido, sem emborracha­mento. Com isso, serão fonte de ruído se alguém colocar chaves ou moedas ali. Por não ter amortecime­nto, a tampa do porta-luvas cai de uma vez ao ser aberta.

A versão Shine, de topo, pode ter (opcionalme­nte) alerta de saída involuntár­ia de faixa e de risco de colisão. No primeiro caso, não há correção de direção, mas, em caso de iminência de choque frontal os freios são acionados automatica­mente. Além disso, o facho das luzes de neblina acompanha as curvas.

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CITROËN/DIVULGAÇÃO No europeu, cabine é mais requintada e quadro de instrument­os fica destacado
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SUV nacional tem saídas de ar acima da tela de 7” da central multimídia

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