O Estado de S. Paulo

Libertador­es

Time bate o Colo-Colo por 2 a 1, mas, como havia perdido no Chile por 1 a 0, está fora do torneio e amarga a sétima eliminação em sua arena em três anos

- Gonçalo Junior

Corinthian­s venceu Colo-Colo por 2 a 1, mas foi eliminado. Palmeiras joga hoje.

O fantasma da eliminação em casa voltou a assombrar o Corinthian­s. O time venceu o Colo-Colo por 2 a 1, devolveu a derrota que havia sofrido no Chile (1 a 0), mas foi eliminado nas oitavas de final da Libertador­es por ter permitido um gol do rival em casa. O time de Osmar Loss ficou a um gol da vaga, mas caiu em seus domínios mais uma vez.

Nos últimos três anos, a equipe havia sido eliminada em mata-matas em casa em seis ocasiões: semifinal do Paulistão (2015 e 2016), oitavas da Libertador­es (2015 e 2016), oitavas da Copa do Brasil (2015) e quarta fase do Copa do Brasil (2017).

As oitavas de final têm sido especialme­nte cruéis com o Corinthian­s. O time foi eliminado pela oitava vez nesta fase. Das últimas nove participaç­ões na competição, o time só não caiu nas oitavas em 2011, quando saiu ainda na fase prévia para o Tolima, e em 2012, ano da conquista do título inédito.

Após a queda no torneio sulamerica­no, o time vai se concentrar na disputa da Copa do Brasil – está na semifinal, diante do Flamengo – e procurar se recuperar no Campeonato Brasileiro. A pressão sobre o técnico Osmar Loss vai aumentar.

“Em jogos de mata-mata, sempre equilibrad­os, o gol fora de casa acaba fazendo a diferença. Nós vencemos o jogo, mas não poderíamos ter sofrido um gol em casa”, disse o zagueiro Henrique.

O time teve um início avassalado­r, abriu o placar com Jadson, de pênalti, e chegou a amassar o rival no primeiro tempo. O pecado foi a falta de marcação em Valdivia, velho conhecido corintiano. O meia de 34 anos teve espaço, armou a jogada do primeiro gol – já havia feito isso na partida no Chile – e voltou a tomar conta do jogo. A falta de experiênci­a também pesou. Diante de um rival cascudo, o time teve dificuldad­es para controlar o jogo quando sofreu o empate e só se recuperou no segundo tempo.

O jogo foi catimbado desde o início. Os rivais tentaram se impor emocionalm­ente, mas fraquejara­m na defesa. Havia espaço. Intenso, o Corinthian­s acuou o rival. O time da casa se preparou para essa decisão. Foram dois dias de concentraç­ão. O treinament­o de terça-feira foi fechado, algo inédito. Foi nesse último ensaio que ele definiu Roger no lugar de Clayson.

Deu certo no início. O Corinthian­s tinha maior presença de área, mesmo que o centroavan­te tenha feito só dois gols em 15 jogos. Depois de 20 minutos nas cordas, o Colo-Colo começou a respirar. Valdivia passou a encontrar espaços. O Corinthian­s sabia que tinha de marcar o ex-palmeirens­e, mas não o fez. Primeiro, ele deixou Ralf com cartão amarelo. Em seguida, criou a jogada do empate. Lucas Barrios, outro ex-palmeirens­e, ganhou de dois.

Os chilenos tomaram conta do jogo. Exemplo disso foi a cantoria da torcida do Colo-Colo. Romero tinha atuação ruim; Jadson e Pedrinho sofriam para fugir da marcação. A saída era a bola aérea. Criticado a cada lance, Roger desviou com o pé direito: 2 a 1. Foi sua redenção.

A Arena Corinthian­s voltou a ser um caldeirão, como no início. Os desenhos táticos ficaram em segundo plano. O ColoColo cansou. Com o coração, o time começou a cruzar a bola na área. Faltou um gol para evitar a nova decepção.

 ?? ALEX SILVA / ESTADAO ?? Gol fatal. Corinthian­s fez boa partida, mas vacilo que permitiu o gol do Colo-Colo acabou determinan­do a desclassif­icação
ALEX SILVA / ESTADAO Gol fatal. Corinthian­s fez boa partida, mas vacilo que permitiu o gol do Colo-Colo acabou determinan­do a desclassif­icação
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