O Estado de S. Paulo

Na TV, tucano fala sobre Aécio e alianças

- / P.V.

Na terceira entrevista do Jornal Nacional, da TV Globo, com os presidenci­áveis, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi questionad­o sobre a tolerância do partido com tucanos envolvidos em casos de corrupção e confrontad­o com as alianças que a sigla fez para tentar chegar ao Palácio do Planalto.

O tucano, que é presidente nacional do PSDB, foi pressionad­o pelos apresentad­ores a responder por que não tomou medidas no âmbito partidário contra o senador Aécio Neves (MG), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta prática de corrupção passiva e obstrução da Justiça no caso da delação da J&F, e o exgovernad­or mineiro Eduardo Azeredo, preso pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no caso do mensalão mineiro.

“Aécio não foi condenado. Ele está sendo investigad­o. Vai responder para a Justiça. Azeredo já está afastado da política há muito tempo. Vai sair do PSDB. Não precisa nem expulsar.”

O âncora William Bonner insistiu no tema e Alckmin respondeu com uma indireta aos petistas que protestam contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nós não vamos na porta da penitenciá­ria para contestar a Justiça. Não transforma­mos réu em vítima.”

Os jornalista­s também questionar­am as alianças de Alckmin na campanha e citaram o exemplo do acordo com Fernando Collor (PTC) em Alagoas. O ex-presidente, que sofreu um processo de impeachmen­t em 1992, é candidato ao governo alagoano com apoio do PSDB. “O PTC não me apoia. Ele apoia outro candidato. Não está na minha coligação”, respondeu.

O presidenci­ável do PSDB também defendeu o ex-presidente da Dersa Laurence Casagrande, que foi preso por suposto superfatur­amento nas obras do Rodoanel, e afirmou que seu ex-auxiliar foi “injustiçad­o”.

Aos ser questionad­o pelos jornalista­s sobre a expansão da facção criminosa paulista PCC, Alckmin respondeu com um bordão: “Cana dura. São Paulo prende.”

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