Governo americano apoia jovens empresários do País
Líderes e fundadores de negócios em diferentes áreas participarão da Iniciativa Jovens Líderes das Américas
Conhecer novas práticas de gestão de negócios, presenciar iniciativas de inovação e fazer networking com empresas de renome dos Estados Unidos são algumas das oportunidades proporcionadas pelo Programa de Bolsas de Estudos Profissionais da Iniciativa Jovens Líderes das Américas (YLAI), idealizado pelo governo norte-americano há três anos.
O intercâmbio é dedicado a jovens empreendedores da América Latina e Caribe, com idade entre 25 e 35 anos, e que tenham pelo menos dois anos de operação como líderes de suas empresas.
No Brasil, o programa recebeu 2,4 mil inscrições. Foram selecionados 20 jovens empresários, que comandam negócios em áreas como agronegócio, turismo, soluções financeiras, tecnologia e educação.
“As empresas têm de ter foco social e em soluções de problemas pontuais da comunidade. Também devem promover o desenvolvimento de oportunidades econômicas para esta área”, afirma a adida cultural da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Joelle Uzarski.
O programa não fica só na teoria. Números expressivos endossam a efetividade do intercâmbio para o fortalecimento dos negócios selecionados. De acordo com Joelle, 57% dos participantes de edições anteriores relataram aumento de rentabilidade, 48% contrataram funcionários, 78% ganharam mercado no País, 51% se expandiram nos EUA e 79% estabeleceram parcerias que impulsionaram suas empresas. Expectativa. Da terceira geração de produtores rurais de sua família, Gustavo Alves assumiu parte dos negócios em 2012 e se deparou com a tarefa de pedir crédito. Atestando a dificuldade do pequeno produtor para conseguir financiamento, Alves criou a fintech Nagro no início de 2017, um “market place” de crédito voltado ao pequeno produtor rural.
“Ele se cadastra na plataforma. Então traçamos o perfil dele para cruzarmos com o de fontes de crédito (também cadastradas) possíveis dentro da realidade e dos resultados que ele apresenta. O acompanhamos até a liberação do crédito”, diz Alves.
Sobre a participação no YLAI, Alves não duvida que novas conexões virão. “Vou acompanhar a rotina de uma consultoria de agronegócios, a AgResource. Quero observá-los para melhorar a nossa política de crédito e também para entender mais sobre o cenário mundial do agronegócio.”
Incubada no Porto Digital, polo de tecnologia do Recife (PE), a empresa Mete a Colher também foi uma das 20 selecionadas para o YLAI. Com 9 mil usuárias ativas, a startup criou um aplicativo que funciona como uma rede de apoio a mulheres vítimas de violência doméstica.
“A plataforma tem três funções, que chamamos de pedidos de ajuda: um canal para mulheres conversarem e contarem seus casos, estabelecendo diálogo e apoio entre elas, ajuda jurídica para esclarecer dúvidas sobre a Lei Maria da Penha e auxílio na inserção no mercado de trabalho, com divulgação de vagas de emprego para romper a dependência financeira, grande problema na vida delas”, conta a CEO, Renata Albertim.
“Dentro do grupo de selecionados brasileiros já consegui identificar empresas que podem trabalhar em conjunto comigo na versão 2.0 do aplicativo, que pretendo lançar em 2019. E como estou na posição de CEO (presidente), entendo que essa é uma chance para conhecer novas pessoas, formas de pensar uma empresa e também sobre gestão dos funcionários”, diz Renata.
Para saber mais informações sobre o processo seletivo do YLAI e inscrições para próximas edições, acesse o site https://ylai.state.gov/website.