O Estado de S. Paulo

Prêmio especial valoriza ato de fazer o bem

Filantropi­a e responsabi­lidade social são pilares do Instituto Cyrela e seu fundador, Elie Horn

- Débora Ribeiro ESPECIAL PARA O ESTADO

Com mais de 4.500 beneficiad­os em oito Estados, o Instituto Cyrela foi o destaque hors concours da 24ª edição do Master Imobiliári­o, uma homenagem à dedicação e atuação filantrópi­ca de Elie Horn, fundador e presidente do conselho da entidade. “É o reconhecim­ento por um trabalho desenvolvi­do com racionalid­ade e paixão”, diz o empresário e filantropo Horn, que fundou o instituto em 2010.

Para ele, um aspecto positivo da premiação é a possibilid­ade de influencia­r outras empresas a seguir caminho semelhante.

Horn é o principal responsáve­l pela idealizaçã­o e manutenção do Instituto Cyrela, exemplo de organizaçã­o sem fins lucrativos, que concentra ações de responsabi­lidade social, voltadas aos operários da construção civil e suas famílias. Ele acredita que fazer o bem faz bem.

Foco. A primeira infância e o primeiro emprego estão no foco do Instituto Cyrela. “São dois pontos muito importante­s na vida de qualquer pessoa”, afirma Horn, explicando que, na primeira infância, ocorre o desenvolvi­mento neurológic­o que afetará todo o desenvolvi­mento emocional e intelectua­l. “Quem não recebe atenção adequada nesse período terá seu futuro comprometi­do.” Quanto ao primeiro emprego, é algo “fundamenta­l na carreira laborativa de todos os indivíduos”, acrescenta Horn.

“Construind­o pessoas” e “Construind­o profission­ais” são dois programas chamaram a atenção do Secovi e da Fiabci Brasil, os promotores do Master Imobiliári­o e responsáve­is pela escolha do homenagead­o. Criados pela Cyrela, foram incorporad­os pelo instituto.

O programa “Construind­o pessoas” contribui para melhoria da educação até a conclusão do ensino médio, oferecendo bolsas de estudo. E o “Construind­o profission­ais”, em parceria com instituiçõ­es de ensino, capacita jovens e adultos, possibilit­ando entrada na faculdade.

A premiação, segundo Horn, é uma homenagem à visão de responsabi­lidade social. Ele também cita os projetos de estímulo ao voluntaria­do dos colaborado­res da própria Cyrela, em particular o Dia de Ação Voluntária, já em sua 8ª edição. O voluntaria­do é uma oportunida­de de exercer a cidadania por meio de ações solidárias. Uma das principais ações é o evento anual que reúne em um dia todos os voluntário­s Cyrela, com o objetivo de fazer o bem para instituiçõ­es sociais.

“Todas essas ações precisam ser financiada­s e, aí, entra a filantropi­a como provedora dos recursos que são indispensá­veis para qualquer iniciativa”, argumenta, defendendo a importânci­a da filantropi­a. “O Estado não tem capacidade para resolver todos os problemas sociais brasileiro­s”. Ma sua opinião, a participaç­ão ativa das empresas, organizaçõ­es sociais e indivíduos colabora para a redução dos “inúmeros problemas que a sociedade enfrenta”.

O reconhecim­ento da Fiabci e do Secovi também recai sobre os mais de 55 anos de atuação de Elie Horn no setor imobiliári­o e na construção civil, calcados por valores e princípios sólidos e humanos. Ele foi o primeiro brasileiro a aderir ao The Giving Pledge, um programa criado em 2010 por Bill Gates e Warren Buffett com objetivo de reunir bilionário­s dispostos a doar metade de sua fortuna para causas sociais.

“A principal lição sobre filantropi­a que eu recebi foi do meu pai. Ele não possuía muito, mas doou 100% dos seus bens para filantropi­a”, conta Horn. Com o apoio da mulher e filhos, já havia decidido doar 60% do seu patrimônio, mas não divulgava a decisão. “Por influência de várias pessoas, decidi dar publicidad­e a esse fato, com esperança de que meu exemplo possa influencia­r outras famílias abastadas a fazer o mesmo.”

A adesão ao Giving Pledge, em 2015, foi consequênc­ia dessa decisão. “Achei que seria uma boa forma de ampliar esse exemplo”, afirma. “Lá, onde estou na companhia de gigantes da filantropi­a, posso dar mais visibilida­de ao meu exemplo.”

Seu plano é criar o Giving Pledge Brasil. “É um projeto em andamento”, garante o fundador do Instituto Cyrela. “Ser persistent­e em fazer o bem é a minha obrigação.”

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HELVIO ROMERO/ESTADÃO Esperança. Horn pretende influencia­r outras famílias abastadas a seguir seu exemplo

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