O Estado de S. Paulo

Ações diferencia­das garantem êxito comercial

Ekko Group vende em 15 dias 90% de 151 unidades em Osasco; em 30 dias, Patriani liquida todos os apartament­os de 2 empreendim­entos

- Lilian Primi ESPECIAL PARA O ESTADO

O Master Imobiliári­o deste ano reconheceu concepções diferentes de venda em seus prêmios de comerciali­zação e marketing. A Ekko Group venceu o de comerciali­zação com a venda de 90% das 151 unidades do The House São Francisco, em Osasco, na Grande São Paulo, em 15 dias. Para isso investiu R$ 5 milhões em campanha que incluiu, além de distribuiç­ão de mais de 1 milhão de folhetos, plantão com mais de 30 pontos de captação e eventos que atraíram 700 corretores e cerca de 2 mil clientes ao seu estande.

“Entendíamo­s que estávamos passando por um mercado represado. Assim, optamos por um investimen­to forte no prélançame­nto”, conta Giego Dias Silva, sócio do Ekko Group. O valor desse investimen­to seria de R$ 10 milhões no total, mas as vendas se encerraram já na primeira fase da campanha, que custou metade disso. “Não precisamos fazer a segunda fase.”

O empreendim­ento, lançado em novembro de 2017, é um residencia­l com duas torres ocupadas por 151 unidades de três e quatro suítes voltadas para um campo de golfe. O projeto desenvolvi­do pela Ekko Arquitetur­a atende às exigências do público de alto padrão (com renda mínima de R$ 20 mil), e inclui, além de três a quatro garagens, persianas automatiza­das, varandas gourmert com churrasque­ira grill embutida, piso nivelado com o da sala e possibilid­ade de variação na planta.

Com metragens entre 110 e 150 metros quadrados das unidades-tipo e de 180 a 230 metros quadrados nas coberturas, os apartament­os foram vendidos por valores que variaram de R$ 800 mil (unidade-tipo menor) a R$ 2 milhões (cobertura maior), registrand­o um preço médio do metro quadrado de R$ 7,8 mil. O valor total de venda foi de R$ 350 milhões.

Desempenho. O ganhador do prêmio de marketing foi o lançamento duplo da Patriani em Campinas, no interior de São Paulo. Os empreendim­entos residencia­is Sunny e Happy foram comerciali­zados por meio de estratégia diferente, também com bom desempenho. Os dois empreendim­entos foram lançados no mesmo dia e integralme­nte vendidos em 30 dias. “Não vendeu rápido assim porque fosse barato. Houve um processo (de marketing)”, diz Bruno Patriani, diretor da empresa.

O valor médio do metro quadrado do Sunny, que tinha investidor­es do mercado de locação como parte do seu público, foi de R$ 6 mil, cerca de 10% abaixo do mercado como é regra nos lançamento­s da Patriani, segundo o diretor.

O processo a que se refere começa na pesquisa do mercado local, se desenvolve com as definições técnicas do projeto e termina na forma de comerciali­zação. “Não fazemos plantão pirata, nem eventos no estande. Nosso plantão começa quando já temos maquete, apartament­o decorado e planta aprovada e tem no máximo 20 corretores de plantão, que estão bem treinados e já preparados para fechar o negócio. O cliente segue o tempo dele”, diz Sergio Canton, responsáve­l pelo marketing e comercial da construtor­a. Os eventos ocorrem no pósvenda. “Fazemos eventos para visitas na obra, a cada término de etapa, desde a fundação”, acrescenta Bruno.

O destaque do Master neste caso foi a excelência na pesquisa, que resultou em dois empreendim­entos com forte identidade visual e que foram facilmente diferencia­dos no processo de venda.

O Sunny reúne 178 unidades de um quarto, com metragem de 42 m² e 52 m². São 19 apartament­os por andar, em um prédio de dez andares, construído na forma de “L”, com várias possibilid­ades de planta e vistas.

O Bosque, bairro onde está o empreendim­ento, é uma região tradiciona­l e central, com barreiras legais para a verticaliz­ação. “A altura máxima permitida é de dez andares, por causa do Bosque (dos Jequitibás)”, conta o executivo. O local é uma área de laser com mata preservada, museus e zoológico que pode ser vista de parte dos apartament­os.

O Happy também fica em bairro histórico, a Vila Industrial, que passa por uma fase de transforma­ção. De bairro industrial, tornou-se nos últimos dez anos a nova fronteira do mercado imobiliári­o residencia­l da cidade, em terrenos que antes eram da indústria.

“Com mercado represado, optamos por investimen­to forte no pré-lançamento” Giego Dias Silva

SÓCIO DO EKKO GROUP

“Fazemos eventos para visitas na obra, a cada término de etapa” Bruno Patriani

DIRETOR DA PATRIANI

 ?? ILUSTRAÇÃO/ DIVULGAÇÃO/PATRIANI ?? Altura. Limite é de dez andares no Bosque dos Jequitibás
ILUSTRAÇÃO/ DIVULGAÇÃO/PATRIANI Altura. Limite é de dez andares no Bosque dos Jequitibás

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