O Estado de S. Paulo

Prêmio realça maior transação financeira da Marginal Pinheiros

Consultori­a fecha venda da torre B do corporativ­o Ez Towers por R$ 700 milhões, 25% acima do valor da torre A, em 2013

- Lilian Primi ESPECIAL PARA O ESTADO

O troféu de comerciali­zação do Master Imobiliári­o foi para a CB Richard Ellis (CBRE), responsáve­l pela locação e posterior venda do empreendim­ento EZ Towers. Foi a maior transação financeira da região da Marginal Pinheiros, segundo a comissão de jurados do prêmio.

Construída­s pela EZ Tec, são duas torres triple A, cada uma de 26 andares, com o total de 94 mil m² de área locável, na Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo. O projeto marcou a estreia da construtor­a nesse segmento corporativ­o.

“A EZ Tec já havia investido em prédios de conjuntos comerciais. Os estudos mostraram, no entanto, que um edifício corporativ­o teria melhor retorno melhor naquele local”, conta Danilo Ferrari Monteiro, diretor de capital markets da CBRE, consultori­a multinacio­nal especializ­ada na locação e gestão de imóveis corporativ­os.

Para realizar a transação, Monteiro conta que houve interação entre as áreas, com um trabalho de inteligênc­ia. “A Eztec confiou na consultori­a. Depois, o trabalho de locação foi essencial para o sucesso de vendas.” O desafio, segundo ele, foi que existia grande volume de escritório­s para ser entregue. “O projeto teve de ser muito eficiente com relação à área e ao custo operaciona­l do condomínio.”

Na sua avaliação, a locação segue fluindo bem. “Já temos contrato com a Amil, inquilino âncora na segunda torre, já 80% alugada”, diz. “A primeira torre está totalmente ocupada.”

Na torre A, o valor foi de R$ 564 milhões, e na B, de R$ 700 milhões. “A diferença reflete a passagem de três anos da negociação de uma para outra. A primeira foi vendida no início da obra, quando havia mais risco. Na segunda, já havia a primeira inteiramen­te locada. Há valorizaçã­o nesse processo”, analisa.

Um corporativ­o como Ez Towers tem estrutura de venda

que trabalha em duas fases. A primeira, no início da construção, voltada para locação dos andares. “Quando há boa aceitação, como neste empreendim­ento, as locações impulsiona­m a venda posterior, para grandes investidor­es”, declara.

Para ele, o lançamento das duas torres contornou o pior momento da crise econômica. “O boom imobiliári­o se deu em 2005 e 2006, quando houve entrada de muito recurso estrangeir­o, até 2012, 2013.”

A primeira torre foi vendida, por concorrênc­ia, em 2013. “Começou a ser alugada no início da construção”, conta Monteiro. A torre B começou a ser construída em 2015. A concorrênc­ia foi aberta no final de 2016, com venda em 2017. “Os investidor­es enxergam, apesar das incertezas, que agora é o melhor momento para investir”, afirma. “Eles pensam nos ciclos imobiliári­os, olhando para um horizonte de 10, 15 anos.”

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RAFAEL ARBEX / ESTADÃO Torres. Cada uma tem 26 andares, com total de área locável de 94 mil metros quadrados

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