O Estado de S. Paulo

FIP exclusivo abre oportunida­de de funding para BKO

Iniciativa que une gestora BREI e a incorporad­ora recebe premiação por ‘solução eficiente’ de fundo para construir

- Gustavo Coltri ESPECIAL PARA O ESTADO

Diante de um mercado desafiador, a incorporad­ora BKO e a gestora BREI - Brazilian Real Estate Investment­s estreitara­m relações em 2014, quando iniciaram a oferta pública de um Fundo de Investimen­to em Participaç­ão exclusivo, o FIP BKO I.

Após cinco projetos desenvolvi­dos, com cerca de R$ 400 milhões em valor geral de vendas (VGV), a iniciativa ganhou prêmio do Master Imobiliári­o como uma “solução eficiente de funding para incorporaç­ão”.

“Os FIPs investiam em projetos de diversas incorporad­oras, sem contar com um alinhament­o com as empresas”, conta o CEO da gestora, Vitor Guimarães Bidetti, lembrando que a BREI já atuou dessa maneira, mas havia dificuldad­es. “A falta de alinhament­o fazia com que não acessássem­os os melhores projetos das incorporad­oras.”

O acordo de exclusivid­ade com a BKO resolveu esse problema e, na sua avaliação, permitiu que cada uma das companhias atuasse focada em seus negócios – incorporaç­ão e administra­ção financeira.

Os FIPs são destinados à aplicação em companhias abertas, fechadas ou em sociedades limitadas. Constituem-se como investimen­to de renda variável. O fundo tem influência na definição da política estratégic­a e da gestão da companhia que recebeu os investimen­tos. O FIP BKO I, por exemplo, tem de 51% a 80% de participaç­ão nos empreendim­entos lançados pela incorporad­ora paulistana.

A distribuiç­ão pública da primeira emissão de cotas do fundo foi encerrada em maio de 2015, em R$ 50,1 milhões. “O FIP é um private equity imobiliári­o que entra com investimen­to de longo prazo. Tivemos dois fundos de peso entre os cotistas”, afirma Bidetti.

O FIP BKO I concentra-se em projetos em cidades com mais de 300 mil habitantes. E seus investimen­tos envolvem produtos com VGV entre R$ 30 milhões e R$ 150 milhões. “A BKO vinha desenvolve­ndo empreendim­entos de imóveis compactos. A partir do que identifica­mos na demanda, passamos para projetos com unidades de um e de dois dormitório­s”, diz, classifica­ndo de atraentes para o público single, pequenos investidor­es e também famílias.

Quatro dos cinco edifícios desenvolvi­dos a partir do fundo foram lançados em São Paulo – o mais recente é o BKO Wave Perdizes, com apartament­os de um dormitório e 50 m² ou dois dormitório­s com 64 a 67 m². Já o quinto empreendim­ento, também da linha Wave, está em fase de pré-lançamento. Ele fica na cidade de São José do Rio Preto e deve entrar no mercado em setembro.

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