O Estado de S. Paulo

SANTOS BAGUNÇADO

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O Santos que enfrenta o Vasco hoje, às 19h, no Maracanã, terá de superar problemas caseiros a fim de continuar sua luta para se afastar cada vez mais da zona do rebaixamen­to do Nacional. Um deles está se prolongand­o: o descompass­o entre o técnico Cuca e o presidente José Carlos Peres, nascido a partir de críticas do treinador à gestão.

Desde terça-feira, quando Cuca condenou o setor administra­tivo do clube pela escalação irregular de Carlos Sánchez na primeira partida diante do Independie­nte na Libertador­es, técnico e dirigente trocam farpas.

Peres rebateu de maneira dura as críticas e afirmou que o técnico deveria cuidar do time enquanto ele e a diretoria se encarregar­iam da parte de gestão do Santos. Ontem, Cuca voltou à questão e desmentiu que tenha pedido desculpas pelas críticas.

“Eu não fiz críticas. Fui questionad­o por um colega de vocês, não lembro quem, sobre o tema, se faltava (profission­alismo). Disse que faltava e poderia melhorar e muito. Não tenho de pedir desculpa se esse é o meu sentimento”, repetiu Cuca. “Tenho de tentar melhorar o clube em que trabalho em todas as partes, principalm­ente dentro de campo”, completou.

Cuca garante que está tudo bem entre ele e o presidente. Peres também tem dito que não há rusgas. “Conversei com o presidente hoje (ontem) pela manhã, ainda não tinha falado antes, e não quis ofender ninguém. É um sentimento para melhorar. Não é crítica para A, B ou C. É algo geral. Eu também devo melhorar”, afirmou Cuca.

Ambos sabem que a harmonia é importante num momento em que os jogadores ainda estão abalados pela maneira como foram eliminados da Libertador­es. Além disso, eles terão de encarar um adversário que está em situação semelhante no Brasileiro – lutando com o rebaixamen­to – e terá o apoio da torcida. São esperadas hoje 50 mil pessoas no Maracanã.

Cuca reconhece a importânci­a da partida como Vasco. “É muito importante se distanciar da parte debaixo. Isso cria confiança maior. E, se conseguirm­os a vitória, pensamos em outros planos. O jogo fará diferença no planejamen­to: lutar contra o rebaixamen­to ou encostar no grupo que busca a Libertador­es. Podem ser seis, sete ou até oito (classifica­dos). Temos 18 jogos no Brasileiro. Temos de fazer o melhor”, disse.

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ALE FRATA/CÓDIGO19 - 28/8/2018 Cuca. Recém-contratado critica gestão do clube

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