O Estado de S. Paulo

País registra déficit de R$ 3,40 bi em julho

Governo federal até teve superávit, mas rombo da Previdênci­a, de R$ 14,5 bilhões, levou o resultado para o negativo

- Fabrício de Castro/ BRASÍLIA

Em meio às dificuldad­es do setor público para equilibrar as contas, o Brasil registrou déficit primário de R$ 3,40 bilhões em julho, informou ontem o Banco Central. Dentro deste montante, o governo federal até contribuiu positivame­nte, com superávit de R$ 12 bilhões, mas as despesas com a Previdênci­a Social novamente pesaram, com rombo de R$ 14,55 bilhões.

O resultado primário negativo do setor público – que reúne as contas de governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobrás e Eletrobrás – reflete o desequilíb­rio entre receitas e despesas. Não entra na conta o pagamento dos juros da dívida pública.

Durante a divulgação dos números ontem, o BC chamou a atenção para o fato de o déficit primário do setor público em julho ter sido menor que o rombo de R$ 16,14 bilhões registrado em julho de 2017. Isso significa que o conjunto das despesas superou a soma das receitas com impostos e contribuiç­ões no mês passado.

“Houve aumento de arrecadaçã­o associado à melhora da atividade econômica e melhora da arrecadaçã­o de royalties”, justificou o chefe adjunto do Departamen­to de Estatístic­as do BC, Renato Baldini: “Os governos regionais também tiveram resultado melhor.” Em julho, os governos regionais (Estados e municípios) tiveram déficit de R$ 1,85 bilhão, ante o rombo de R$ 2,65 bilhões de julho de 2017.

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