O Estado de S. Paulo

TORCIDA SE DIZ SEGURA, MAS CRITICA INGRESSO ‘ENGESSADO’

- / R.C.

Amaioria dos torcedores abordados pela reportagem no dia do jogo contra o Vasco, quarta, quando mais de 12 mil foram ao estádio, aprova a biometria obrigatóri­a na Arena. Por outro lado, alguns lamentam o fato de não poderem mais ceder seus ingressos para que amigos ou parentes possam utilizá-lo caso tenham problema de última hora que inviabiliz­e a presença. “Esse é o único ponto negativo. Sou sócia há muito tempo e não consigo mais passar a carteirinh­a para outra pessoa”, disse a turismólog­a Daiana Marcos, de 37 anos. Ela admitiu, porém, que a medida era útil no sentido de coibir outro problema recorrente nos estádios e extinto dos arredores da casa atleticana: os cambistas.

O próprio clube admite a perda de sócios-torcedores desde que a biometria passou a valer a todos. Mas aposta que o clima de segurança compense eventuais quedas de arrecadaçã­o. “Eu me sinto bem mais segura. Meus filhos tinham o hábito de ir ao Maracanã, isso aqui está perfeito”, contou Silvana Aparecida Andrade, 40 anos, que recentemen­te trocou o Rio por Curitiba e estava acompanhad­a dos filhos Matheus, 11, e Bruno Costa, 7. “Como o cadastro está interligad­o, dá essa sensação de que estamos mais seguros mesmo. Não vejo nenhum problema em ser revistado ou passar pela biometria”, concordou o professor Rogério Luiz Zeni, de 54, ao lado da filha Mariana e de uma amiga dela, Anette, ambas de 16.

Nem todos, porém, veem tanta diferença com as novas regras. “O problema é fora e não dentro do estádio. A segurança maior é para o clube, não para nós”, opinou a dentista Ana Carolina Cerci, 31, ao lado da amiga, a psicóloga Cauhana Pinheiro.

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Aprovado. Entre os filhos Matheus e Bruno, Silvana aprovou a biometria

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